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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Heineken vai ao Cade contra a Ambev

Cervejaria diz que quer acabar com os contratos de exclusividade de venda no setor

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São Paulo

O Grupo Heineken foi ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) nesta semana contra a Ambev, dona das marcas Skol e Brahma, acusando a concorrente de adotar condutas anticompetitivas.

Logotipo da Heineken - Amanda Perobelli/REUTERS

A cervejaria diz que a concorrência mantém práticas abusivas de acordos de exclusividade. Afirma também que quer acabar com esse tipo de contrato no setor, um modelo que a própria Heineken também diz praticar.

"Embora sejam legalizados em determinadas situações e praticados em menor escala pelo Grupo Heineken, [os acordos] invariavelmente beneficiam a empresa que mantém posição dominante, criando barreiras à entrada e ao crescimento de pequenas e grandes cervejarias", afirma a empresa em nota.

A Heineken diz que o Cade firmou um termo com a Ambev, em 2015, quando a companhia se comprometeu a não ultrapassar em 8% a parcela dos pontos de venda com contratos de exclusividade, mas o documento expirou em 2020.

Entre os pedidos apresentados nesta semana, a Heineken quer que seja concedida uma medida preventiva e que a concorrente seja impedida de adotar cláusulas de exclusividade para a venda ou exposição de seus produtos.

Procurada pelo Painel S.A., a Ambev diz que suas práticas de mercado são regulares e respeitam a legislação concorrencial brasileira.

A empresa afirma que, em 2020, o Cade atestou que o termo de ajuste de conduta acordado em 2015 estava integralmente cumprido. "Mesmo sem ter a obrigação, continuamos monitorando os mesmos indicadores em todas as regiões do país e eles seguem dentro do acordado anteriormente", diz a Ambev.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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