A brasileira Portobello quer ter metade de suas operações fora do país em três anos, segundo Cesar Gomes Junior, presidente do conselho de administração do Portobello Grupo.
A empresa de cerâmica e revestimento, que nos últimos anos tem investido no mercado internacional, vê no cenário macroeconômico uma oportunidade de avançar.
"Tem uma guerra comercial e geopolítica. Nossos concorrentes estão sofrendo com o frete mais do que nós, têm um problema de energia pior do que o nosso. Abre um espaço para a indústria nacional. O cenário é propício para crescer internacionalmente", diz Gomes Junior.
O alvo inicial deste movimento é o mercado dos Estados Unidos, que já importa os produtos da Portobello e vai abrigar a primeira fábrica da empresa fora do Brasil. A nova sede começou a ser construída no final do ano passado e deve empregar mais de 200 funcionários, segundo a empresa.
"A gente sabe que vive um contexto político difícil, que gera uma série de incertezas. No nosso modo de ver, é importante crescer na internacionalização. É nossa prioridade. A internacionalização não só é extremamente rentável como também cria nossa estabilidade no mercado externo", afirma Gomes.
Atualmente, a empresa exporta para mais de 60 países, especialmente para América Latina.
Joana Cunha com Andressa Motter
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