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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Indústria farmacêutica pede revisão em teto de preço de remédio para evitar desabastecimento

Representantes do setor afirmam que política de preço está defasada e escassez pode se expandir

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São Paulo

Representantes da indústria farmacêutica afirmam que o risco de desabastecimento, que já ameaça a dipirona injetável para tratamento hospitalar, pode se espalhar sobre outros medicamentos.

O setor tem dito que a causa da escassez do analgésico está ligada à disparada dos custos de produção, que chegaram a um patamar capaz de desestimular a indústria, além do peso do câmbio sobre o insumo importado.

Eles defendem uma revisão na política de preços, hoje regulados pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que impõe teto ao valor dos produtos.

Imagem mostra, em primeiro plano, prateleira com caixas de remédio. Uma parte é azul e branca e a outraé verde. Atrás, é possível ver todo o interior de uma farmácia, com várias estantes com medicamentos, clientes e atendentes.
Farmacia na avenida Marechal Tito, na zona leste - Rivaldo Gomes/Folhapress

Relatos de escassez de outros medicamentos em hospitais, como estimulantes musculares e anti-inflamatórios, contribuem para o aumento da pressão.

Segundo Reginaldo Arcuri, presidente da FarmaBrasil (associação do setor), a defasagem nos preços atinge especialmente os medicamentos mais antigos, que carregam distorções de muitos anos. O cenário todo, segundo ele, também inibe investimentos em inovações.

Arcuri argumenta que a liberação dos preços favoreceria uma queda natural dos valores guiada pela própria concorrência.

Diferentemente do que tem acontecido em hospitais, a dipirona vendida para o consumidor final nas farmácias em outros formatos como os comprimidos não registrou problema de produção, segundo o Sindusfarma (sindicato da indústria). Isso porque essa categoria de medicamento, isento de prescrição médica, é livre do controle de preços, ou seja, a própria indústria é quem define o valor cobrado, segundo Nelson Mussolini, presidente da entidade.

Joana Cunha com Andressa Motter e Paulo Ricardo Martins

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