Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.

Vice de Soraya Thronicke diz que Bolsonaro é ignorante, mas votaria nele em 2º turno

Marcos Cintra, que foi secretário na gestão Bolsonaro, sobe o tom das críticas na reta final

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Candidato a vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke (União Brasil), Marcos Cintra, que chegou a ocupar o cargo de secretário da Receita Federal do governo Bolsonaro mas foi demitido pelo presidente em 2019, segue elevando o tom das críticas ao ex-aliado na reta final de sua campanha.

Se vier um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, no entanto, Cintra afirma que vai votar em Bolsonaro.

A postura dele discorda da orientação de Luciano Bivar, presidente de seu partido, o União Brasil, que já sinalizou oposição a Bolsonaro para o segundo turno.

"Frente à alternativa, eu acho que a visão bolsonarista combina mais com o meu modo de pensar do que o grupo do PT. Não com o meu modo de comportamento, mas de pensamento", disse Cintra ao Painel S.A..

Marcos Cintra e Soraya Thronicke, candidatos pelo União Brasil nas eleições deste ano - Rivaldo Gomes-05.ago.22/Folhapress

Ele ressalva que considera faltar capacidade a Bolsonaro para ser um verdadeiro líder e levar o país para um caminho de progresso continuado e pacificação, diz que os meios de debate do presidente são toscos e rasteiros.

"Apesar de tudo, ele pensa, quase que instintivamente, de uma maneira mais liberal na qual eu me coloco. Na forma canhestra e mal-educada, ele respeita certas coisas, como liberdade de expressão", afirma.

Cintra também justifica seu voto em Bolsonaro no segundo turno dizendo que considera ter havido avanços na área econômica, que ele atribui ao ministro Paulo Guedes e a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.

"Falo muito mal dele, mas não posso deixar de reconhecer que o Brasil, na condução da política econômica, está se saindo bem dessa crise. É lógico, vai vir uma conta depois, tem uma crítica com relação aos instrumentos que estão sendo usados. Mas eu acho que a opção correta foi abordada", afirma.

Defensor histórico da volta da CPMF, Cintra usa as redes sociais para divulgar seu projeto do chamado imposto único, que não conseguiu promover sob Bolsonaro. Em seus tuítes mais recentes, ele disse que o tributo quase foi adotado no governo Bolsonaro, "mas a ignorância, o populismo e a falta de coragem do presidente interditaram o debate".

Joana Cunha com Fernanda Brigatti, Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.