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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Após pressão de empresas contra Lula no Sul, indústria gaúcha diz que eleição de Bolsonaro é interesse do setor

Comunicado da Stara, que ameaça cortar negócios se PT ganhar, é decisão individual, diz Fiergs

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São Paulo

Depois da repercussão do caso da empresa gaúcha Stara, que divulgou um comunicado na segunda-feira (3) ameaçando cortar seus negócios caso Lula vença no 2º turno, a Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul) levou o assunto das eleições à pauta de uma reunião no dia seguinte.

A conclusão do encontro foi a de que a entidade industrial no estado defende a reeleição de Bolsonaro como interesse do setor.

Em nota assinada pelo presidente da federação, Gilberto Porcello Petry, a entidade afirma que o comunicado da Stara é uma decisão individual da empresa.

O presidente Jair Bolsonaro em coletiva de imprensa com Datena no Palácio da Alvorada
O presidente Jair Bolsonaro em coletiva de imprensa com Datena no Palácio da Alvorada - Gabriela Biló - 07. out.2022/Folhapress

"O que a Fiergs tem a dizer sobre o momento atual é a posição oriunda da reunião de diretoria da entidade realizada terça-feira, quando houve o consenso de que a reeleição do presidente da República vai ao encontro dos interesses do setor industrial, tendo em vista a manutenção da política econômica liberal que vem mostrando resultados positivos na economia como um todo, mesmo após os abalos provocados pela pandemia", diz a federação.

Na segunda-feira (3), a Stara foi denunciada por sindicatos ao Ministério Público do Trabalho porque enviou um comunicado aos fornecedores ameaçando cortar compras em caso de vitória petista. O texto da carta que repercutiu nas redes sociais foi depois reaproveitado por outras empresas que repetiram a ameaça.

A coação ou assédio para influenciar o voto podem ser enquadrados no artigo 301 do Código Eleitoral. A legislação prevê pena de até quatro anos de reclusão e pagamento de multa para quem "usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido".

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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