Às vésperas do Carnaval, lojistas da 25 de Março relatam dificuldade para abastecer os estoques com produtos tradicionais para a festa.

Segundo Marcelo Mouawad, diretor da Univinco (união de lojistas da região) e diretor comercial da atacadista Semaan, há falta de confetes, serpentinas, espumas e tintas de cabelo.

"Eu sou distribuidor desses produtos. Não tenho nada. Não tenho mais um saquinho de confete, um rolo de serpentina, uma latinha de espuma. Tinta eu ainda tenho em algumas cores, mas o volume não dá para atender nem 10% [do público] que vai até o Carnaval. E sem perspectiva de receber mais", diz.

Para Mouawad, o cenário ainda reflete o impacto da pandemia. "Foram vários anos sem Carnaval e isso complicou a produção. Muitas fábricas não resistiram: quebraram, diminuíram, despediram ou desativaram."

A Armarinhos Fernando também teve dificuldade. De acordo com Ondamar Ferreira, gerente da matriz, a loja não está vendendo serpentina e confete neste ano porque o custo dos produtos ficou muito alto, prejudicando a margem.

"Nós só temos no momento tinta [para cabelo e rosto]. A espuma acabou hoje pela manhã e, segundo o fornecedor, ele não consegue mais entregar até sexta-feira", diz Ferreira.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix