A indústria de brinquedos vai aproveitar o debate sobre o imposto de importação das encomendas de US$ 50 para alertar o governo sobre o cumprimento das regras do Inmetro, que é outro fator preocupante para a competitividade do setor.
Segundo Synesio Batista, da Abrinq (associação do setor), além da vantagem arrecadatória, é preciso elevar a cobrança sobre parte dos competidores importados que não obedecem as mesmas regras de qualidade técnica e de segurança estabelecidas pelo Inmetro para o brinquedo fabricado no Brasil.
"Não podemos aceitar a importação de um brinquedo pintado com uma tinta tóxica. A criança pode levar à boca e ficar doente. Tem que testar o produto. A fábrica lá fora que vai vender pela plataforma precisa se credenciar no Brasil e cumprir a regra brasileira", diz o presidente da Abrinq.
Ele afirma que a preocupação já foi levada ao governo e ao Inmetro. "Se nós da indústria brasileira temos que testar os produtos, os brinquedos que entram pelos importadores sem pagar impostos também precisam ser testados. As crianças mais pobres são mais vulneráveis a esse risco. O Brasil não pode fazê-las sofrer para agradar o importador chinês", afirma o presidente da Abrinq.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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