Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.

Em jantar com empresários, Pacheco ataca juros elevados

Presidente do Senado criticou política monetária de Roberto Campos Neto e foi chamado de guardião da República

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu em jantar com empresários em São Paulo nesta segunda (22) que o Banco Central reduza a taxa básica de juros, hoje em 13,75% ao ano.

"Temos que pedir ao BC, com todos os métodos técnicos, nada abrupto, uma coisa gradativa, que possa reduzir a taxa de juros", disse Pacheco em evento da Esfera Brasil.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o empresário Rubens Menin
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o empresário Rubens Menin - Divulgação

Para ele, o país pode ter um problema de crescimento e geração de riqueza com a taxa nesse patamar.

"Somos um país com tantas riquezas, com reserva cambial da ordem de U$$ 350 bilhões, que está conseguindo conter a inflação, que inclusive é uma das menores do mundo atualmente, tem relação razoável de dívida/PIB e moeda valorizada em torno dos R$ 5 de dólar."

O jantar aconteceu na casa do advogado Nelson Wilians e reuniu cerca de 75 empresários. Entre os destaques estão: Rubens Menin (MRV, Inter e CNN), Fábio Coelho (CEO do Google), Flávio Rocha (Grupo Guararapes e Riachuelo), Isaac Sidney (Febraban) e Carlos Santana (Tecnobank).

Ao fazer a saudação a Pacheco no encontro, Menin chamou o presidente do Senado de guardião da República.

"O interesse do nosso presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é o Brasil antes de qualquer coisa", disse Menin. "Talvez nem todos saibam disso aqui, mas ele é um guardião da República. Todos os episódios que tivemos aí, difíceis que passamos recentemente, de forma discreta, mas efetiva, nosso presidente do Senado, estava lá."

O presidente do Senado faz coro ao discurso do governo Lula, que pressiona o presidente do BC, Roberto Campos Netto, a reduzir a Selic, sob o argumento de que ele estaria agindo com motivação política.

O presidente Lula defende que não há motivos para que a Selic esteja tão elevada se a inflação está sob controle.

Esse discurso agora ganhou força no Congresso. Antes de Pacheco, o presidente da Câmara, Arthur Lira, também atacou o BC e sua política monetária em evento do Lide, de João Doria, ocorrido nos EUA.

Com Diego Felix

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.