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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Rumo sofre autuação recorde do Ibama por entulho em córrego

OUTRO LADO: empresa nega e diz que descarte foi feito por outras companhias

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São Paulo

O Ibama multou a concessionária de ferrovia Rumo Malha Oeste em R$ 15,5 milhões por irregularidades no descarte de dormentes de madeira e trilhos de ferro no córrego Piraputanga, em Corumbá (MS).

O caso aconteceu no final de março. Essa foi a maior multa imposta pelo órgão neste ano e uma das maiores que a Rumo recebeu desde 2014, quando assumiu a ALL, responsável pelas concessões ferroviárias agora exploradas pelo grupo Cosan, do empresário Rubens Ometto.

Trem da Rumo Logística passando pela malha da MRS, próximo da Estação Evangelista de Souza, no bairro Emburá, extremo sul da cidade de São Paulo
Trem da Rumo Logística passando pela malha da MRS, próximo da Estação Evangelista de Souza, no bairro Emburá, extremo sul da cidade de São Paulo - Eduardo Anizelli - 13.mai.2021/Folhapress

Em nota, a Rumo nega ter cometido as infrações. Informou ter sido notificada pelo Ibama e disse que sua equipe jurídica apresentou a defesa ao Ibama.

"A empresa esclarece que não realizou qualquer intervenção na região do córrego Piraputanga, em Corumbá (MS), e não reconhece qualquer dano alegado na autuação", disse em nota.

"Destaca ainda que nas cópias do procedimento administrativo se verifica que os responsáveis pelos alegados danos ambientais são outras empresas que não possuem qualquer relação com as atividades da ferrovia."

A concessão da Malha Oeste foi adquirida pela Novoeste (que depois viria a se tornar ALL) em 1996 e a concessão está em processo de renovação pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Segundo a agência, são mais de 1.973km de extensão da linha que "encontra-se depreciada".

A ANTT afirma que a Rumo "realizou investimentos em patamares insuficientes para a sua manutenção", gerando perda de capacidade de transporte, com os trens trafegando com velocidades abaixo do potencial. O processo de uma nova licitação deve ser finalizado no ano que vem.

Com Diego Felix

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