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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Folhajus Congresso Nacional

Ex-diretores preparam ofensiva na Justiça contra Americanas

Escritórios de advocacia avaliam ações exigindo apresentação de provas da fraude reconhecida pela atual diretoria

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Brasília

Grandes escritórios de advocacia já se mobilizam contra a atual diretoria da Americanas, que acusou ex-diretores de fraude no balanço da empresa sem que a investigação independente tenha sido concluída.

Avaliam recorrer à Justiça nas próximas semanas para que a empresa apresente as provas dos supostos delitos reportados à CPI que investiga o caso no Congresso.

O diretor presidente das Americanas, Leonardo Coelho Pereira, durante depoimento na CPI das Americanas
O diretor presidente das Americanas, Leonardo Coelho Pereira, durante depoimento na CPI das Americanas - Pedro Ladeira - 13.jun.2023/Folhapress

Os documentos apresentados pelo atual presidente da rede, Leonardo Coelho, indicaram a participação dos ex-diretores Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, e dos ex-executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes.

Todos eles foram afastados em fevereiro, 23 dias após a divulgação do escândalo contábil, além de Miguel Gutierrez, ex-presidente da varejista. Esse grupo cogita ir à Justiça.

Nos bastidores, consideram que a empresa se precipitou para tentar afastar a responsabilidade das chamadas inconsistências contábeis do trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, fundadores da Americanas, hoje acionistas de referência.

Sicupira é integrante do conselho de administração da Americanas e, até recentemente, atuou diretamente na operação da centenária varejista, segundo alguns dos ex-diretores.

Na avaliação dos advogados, a precipitação da Americanas de tentar isolar o escândalo na gestão passada dos executivos —e não dos acionistas— foi tão explícita que levou o presidente da CPI a solicitar uma espécie de atestado da empresa reconhecendo, ela mesma, que houve fraude.

Para a comissão, esse documento permitirá queimar etapas da investigação que, em vez de comprovar a fraude, já parte disso como pressuposto.

Com Diego Felix

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