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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Inadimplência de empresas bate recorde em agosto, diz Serasa

Mais de 6,5 milhões de empresas fecharam o mês negativadas; 89% são pequenas e médias

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São Paulo

Lidando com um cenário econômico ainda nebuloso, mais de 6,5 milhões de empresas brasileiras fecharam o mês de agosto inadimplentes –alta de 5% na comparação com o mesmo período de 2022.

Este é o maior registro da série história do indicador de inadimplência da Serasa Experian, iniciado em março de 2016.

Pessoas estão em um balcão de atendimento para quitar dívidas
Cenário econômico ainda é muito adverso para empresas brasileiras - Karime Xavier - 29.nov.2022/Folhapress

A avalanche financeira atingiu principalmente as micro e pequenas empresas (MPEs), que correspondem a 5,8 milhões do total de companhias devedoras (89%).

"A persistente alta da inadimplência das empresas, que registramos pelo terceiro mês consecutivo, reflete a realidade em que os empreendedores se encontram diante do quadro econômico desafiador ainda presente", disse o vice-presidente de pequenas e médias empresas, Cleber Genero.

O executivo afirma que as empresas de menor porte são mais vulneráveis à inadimplência. Elas têm menos fluxo de caixa e reservas financeiras limitadas para enfrentar situações de emergência.

Em agosto, 53% das micro e pequenas empresas inadimplentes eram do setor de serviços, seguida por comércio (38,6%) e indústria (7,7%).

No total, foram 39,9 milhões de dívidas negativadas que somam R$ 95,8 milhões. Em média, cada companhia inadimplente possuía quase sete contas atrasadas.

A região com maior número de CNPJs negativados foi o Sudeste (52,5%) –mais de 30% apenas em São Paulo, líder do ranking por estado– e a menor foi o Norte (5,5%).

No cenário geral, mais de 6 milhões de companhias acumularam R$ 119 milhões em dívidas. Mais da metade era do setor de serviços (54%), seguido por comércio (36,8%) e indústria (7,6%).

Com Diego Felix

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