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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu juros

FecomercioSP pede descontos mais vantajosos no Desenrola Brasil

Para entidade, programa precisa desatar nós das primeiras fases se quiser diminuir inadimplência

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São Paulo

A FecomercioSP defende que, para conseguir reduzir a inadimplência no país, o Desenrola Brasil deve oferecer descontos mais vantajosos para os clientes. A entidade também considera que parcelas sem juros e redução da burocracia para liquidar dívidas pode ajudar no intento do programa do governo federal.

Lacunas no programa limitaram o número de renegociações. Um dos principais problemas foi o oferecimento de descontos que nem sempre se distanciavam dos oferecidos em casas financeiras, bancos e varejistas.

Segunda fase do Desenrola Brasil renegocia dívidas de até R$ 20 mil
Desenrola Brasil renegocia dívidas de consumidores brasileiros - Divulgação/Ministério da Fazenda

Nos cálculos da FecomercioSP, existe mais de R$ 110 bilhões em dívidas ativas com o sistema financeiro. No balanço apresentado pelo Ministério da Fazenda, as primeira fases do programa fizeram com que R$ 29 bilhões em pendências financeiras fossem renegociadas —valor muito abaixo do projetado pela federação.

"Mesmo com descontos médios em torno de 90% nos pagamentos à vista, muitas famílias não conseguiriam liquidá-las com os recursos que possuem", diz a FecomercioSP.

Outra reclamação da entidade envolve a otimização do processo de adesão às dívidas. Atualmente, quem quiser participar do programa precisa de perfil prata ou ouro na plataforma do governo federal, o Gov.br.

"Isso significa cadastrar documentos digitais, códigos de acesso, vincular contas bancárias e colocar etapas de verificação de e-mail no aplicativo, procedimentos não tão acessíveis para boa parte da população endividada, sobretudo de baixa renda", afirma a federação.

Para a FecomercioSP, o governo deve ajustar problemas identificados nas primeiras fases com a edição de uma nova medida provisória. A entidade avalia que retirar a exigência do Gov.br trará flexibilidade.

"O fim do fundo garantidor, a partir do término do projeto, porém, é um dilema: hoje, dá apoio financeiro a quem não receber os valores das renegociações. Sem ele, as empresas podem ver menos atratividade, diminuindo a sua capilaridade no programa", avalia.

Com Diego Felix

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