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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu BNDES internet

Em ano eleitoral, teles querem BNDES na conexão das escolas

Fundo das telecomunicações tem meio bilhão liberado; operadoras não querem uso político do recurso

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Brasília

O enfraquecimento político do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), jogou no colo do ministro da Educação, Camilo Santana (PT-CE), recursos bilionários do Fust, o fundo de universalização das telecomunicações.

Em plena campanha eleitoral para as prefeituras, o petista pode decidir quais cidades terão escolas públicas conectadas à internet de alta velocidade com os cerca de R$ 500 milhões liberados do Fust neste ano.

Alunos estão sentados no chão, fazendo anotações no caderno
Turma do 5º ano da Escola Estadual Juventina Patricia Sant'Ana, em São Paulo - Jardiel Carvalho - 30.ago.23/Folhapress

Desde a criação do fundo, há mais de três décadas, as operadoras depositaram R$ 20 bilhões no Fust, mas os recursos nunca foram usados para a universalização da telefonia. Acabaram ajudando os governos nas metas de superávit primário.

Com a recente mudança da lei, parte desse dinheiro foi destinada à conexão de escolas à internet de alta velocidade.

As teles afirmam que umas das ideias do MEC é contratar a RNP (Rede Nacional de Pesquisa), uma organização social vinculada aos ministérios, para fazer a gestão dos projetos.

Elas, no entanto, dizem que não querem que os recursos sejam direcionados por interesses políticos. Preferem que o BNDES, que hoje oferece linhas de crédito lastreadas com recursos do Fust, seja o gerente dos projetos de conexão das escolas. O assunto será novamente debatido nesta semana.

Desde o início, as operadoras cobram o Ministério das Comunicações para que obtenha do Ministério da Educação a lista de escolas a serem atendidas, o que, segundo as teles, nunca ocorreu.

Com Diego Felix

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