Única rede de petshop com capital aberto, a Petz vai pisar no freio neste ano, após um longo período de expansão de lojas para concentrar investimentos na qualidade de serviços das 246 unidades espalhadas pelo país.
Ao Painel S.A. o presidente da companhia, Sergio Zimerman, afirmou que a Petz experimentou um enorme crescimento de vendas durante a pandemia, conduzida pelo aumento de adoções e compra de animais de estimação pelas pessoas que estavam em home office.
A receita bruta cresceu 45%, em 2021, movida por esse boom de animais de estimação, mas foi crescendo menos nos anos seguintes –resultado da "normalização" desse mercado. Em 2022, a alta das vendas foi de 36% e, em 2023, 12,5%.
Zimerman afirma que, diferente de outras varejistas, a companhia não devolveu os ganhos obtidos durante a aceleração do ecommerce no país nos anos da pandemia.
Ele diz ainda que essa situação reflete no valor de mercado das ações da Petz, que, subavaliada, atrapalha o plano de abertura de capital de seus concorrentes.
Para o executivo, é difícil que, no segundo semestre deste ano –próxima janela de IPOs (Ofertas Públicas Iniciais, na sigla em inglês)–, elas façam ofertas, por temerem ser subavaliadas também.
A Petz abriu capital na Bolsa na última janela de IPOs no Brasil, em 2020, com a ação valendo R$ 16. O papel chegou a valer R$ 27, em 2021, e agora está sendo negociada a R$ 4, com valor de mercado de quase R$ 2 bilhões.
Para Zimerman, além do baixo crescimento no ano passado, está contribuindo para amassar o preço da ação a quantidade de investidores com posição vendida, ou seja, que estão apostando na queda do papel.
Ele, contudo, reconhece que esses investidores com posição vendida contribuem para dar liquidez às ações da empresa, já que, se agora eles estão vendidos, uma hora terão que recomprar o papel.
Com Diego Felix
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