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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu alimentação Pix juros

Restaurantes apostam no Pix para reduzir peso de bancos e maquininhas

Modalidade de pagamento já representa 15% do total, apesar do domínio de cartões

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São Paulo

Os pagamentos via Pix já representam 15% dos pagamentos nos foodservices —negócios que envolvem bares, restaurantes, cafés e lanchonetes.

Junto com os pagamentos em dinheiro, as transações à vista somam 25% das receitas desses lojistas, que tentam estimular o Pix como forma de reduzirem o peso de bancos e empresas de pagamento, que cobram juros para fazer a antecipação dos pagamentos realizados no débito ou crédito.

Garçom anota pedidos de clientes em restaurante no centro do Rio de Janeiro
Garçom anota pedidos de clientes em restaurante no centro do Rio de Janeiro - Raquel Cunha - 28.set.19/Folhapress

Apesar disso, o uso de cartões ainda responde por 60% da média do faturamento dos estabelecimentos, de acordo com o levantamento da consultora Gallunion feito para a ANR (Associação Nacional de Restaurantes) e Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos).

Os vouchers de alimentação e refeição, que já foram mais representativos anos atrás, hoje compõem apenas 12% dos meios utilizados nos restaurantes.

Em 2023, o setor faturou R$ 1,1 trilhão, cerca de 7,2% acima do apurado em 2022. Apesar do cenário positivo, a ANR avalia que os desafios para a retomada de margens pré-pandemia ainda são grandes, uma vez que houve um aumento geral nos preços ao consumidor final e que empurrou os resultados de faturamento.

"A cadeia passou por uma pressão de custos em geral, com dificuldades de abastecimento de matérias-primas e insumos, elevação de preços de alimentos in natura, sem falar nos dissídios coletivos de funcionários, aumento de custo com mão de obra, eletricidade e demais áreas", disse Fernando Blower, diretor executivo da ANR.

Os dados da Gallunion mostram que 74% dos entrevistados reportaram lucro no resultado financeiro de 2023, enquanto 21% empataram com o ano anterior e 5% fecharam no prejuízo.

Outro ponto positivo é que houve redução de 6 pontos percentuais no número de empresas que estão com dívidas ou atrasos de pagamento. Em agosto do ano passado, 28% das companhias relataram alguma pendência, caindo para 22% em março.

Os donos de estabelecimentos também afirmam que os principais desafios dos negócios são atrair clientes e marcas para crescer as vendas, manutenção de custo da mercadoria vendida (da sigla CMV, que é a soma de tudo o que é gasto na compra, produção e estocagem de produtos até a comercialização), e gestão de colaboradores, desde o recrutamento, treinamento e retenção de profissionais.

A pesquisa foi realizada entre 19 de fevereiro e 25 de março de 2024, com 464 marcas respondentes, que representam 5.675 unidades. Do total de entrevistados, 78% são operadores independentes com até três lojas, enquanto 8% são redes próprias.

Com Diego Felix

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