Renato Terra

Roteirista e autor de “Diário da Dilma”. Dirigiu o documentário “Uma Noite em 67”.

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Renato Terra

Psicopata da Copa será vice de Bolsonaro

Segundo assessores indicados pelo candidato para comentar, similaridade é evidente

Depois das desistências de Magno Malta, do general Augusto Heleno, de Hannibal Lecter e de Gargamel, o candidato Jair Bolsonaro finalmente definiu seu vice: "Me encantei com o olhar promissor do Psicopata da Copa tremulando o pavilhão brasileiro. Não sentia tanta profundidade num olhar desde Cláudia Cruz", explicou.

Em seguida, deu uma lição de humildade: "Eu não entendo muito desse negócio de vice-presidente, mas meus assessores entendem. E eles disseram que o Psicopata casa com meu programa de governo", disse.

Segundo assessores indicados pelo candidato para comentar o assunto, a similaridade é irrefutável. "Em ambos os casos estamos falando de um meme que viralizou na internet, mas não tem muita coisa além disso", explicou o cientista político Sargento Pincel, assessor para assuntos estratégicos, enquanto preparava uma torta para jogar na cara de Ciro Gomes.

Ilustração
Débora Gonzales/Folhapress

Confrontado com a possibilidade de a candidatura do Psicopata da Copa configurar influência russa nas eleições brasileiras, Jair Bolsonaro disparou: "Confesso que eu não entendo muito de Rússia. Nesses momentos, a gente tem que ter humildade. Meus assessores, no entanto, confirmaram que a Copa do Mundo aconteceu lá".

Preocupado com pouco tempo de TV, Bolsonaro resolveu correr atrás de novas estratégias após ver frustrado o acordo com o PR de Valdemar Costa Neto. "Pretendo continuar atacando mulheres e gays, elogiar torturadores e dar suporte a tudo que possa repercutir na mídia espontaneamente." Após hesitar, completou: "Se isso não der mais certo, vou começar a cair no chão como o Neymar".

No final da tarde, no entanto, o Psicopata da Copa desistiu do cargo. "Fiquei com medo ao olhar nos olhos do Jair Bolsonaro", ele admitiu, enquanto fritava fatias de cérebro humano numa panela de teflon.

Numa nova lição de humildade, Bolsonaro anunciou que estuda cortar a vice-presidência. "Meus assessores disseram que é preciso ter muito cuidado com o vice. Eu tive a humildade de ouvir. Ou eu assumo também a vice-presidência ou vou deixar o livre mercado decidir", concluiu.

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