Sandro Macedo

Formado em jornalismo, começou a escrever na Folha em 2001. Passou por diversas editorias no jornal e atualmente assina o blog Copo Cheio, sobre o cenário cervejeiro, e uma coluna em Esporte

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Descrição de chapéu Futebol Internacional

Jorge Jesus solteirinho no Dia dos Namorados

Chefão da CBF tem obsessão por Ancelotti, que está num relacionamento firme

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Em pleno Dia dos Namorados, é possível perceber que falta amor à seleção brasileira, uma das poucas do mundo que vai passar o dia 12 de junho largada. Culpa do chefão da CBF, Ednaldo Rodrigues, que continua obcecado por Carlo Ancelotti —mesmo com o italiano num relacionamento firme com o Real Madrid.

Este escriba, que erra muito mais do que acerta, não vai ficar se gabando de ter dito que essa relação nunca iria para frente. Mas que disse, disse. Técnico de ponta da Europa (como Carlo) não larga clube de elite por seleção —exceção foi Hans Flick, que saiu do Bayern para pegar a Alemanha, o que é quase um trisal.

Passados mais de seis meses do fim do namoro com Tite (pé croata na bunda), já está ficando um pouco ridícula a fossa em que a CBF se encontra. Está faltando amor-próprio para quem se gaba de ser a mais queridinha do mundo.

Nesta enamorada segunda-feira (12), ao ouvir o sempre estimulante Posse de Bola, programa de debate online do UOL que conta com Juca Kfouri (ilustre vizinho de coluna) em seu estrelado elenco, deparei com a informação do jornalista Mauro Cezar Pereira de que a CBF não tem um plano B após a negativa de Ancelotti.

Como assim? Que obsessão! Tudo bem que Ancelotti tem seu charme, mas tem mais peixe nesse marzão. Está na hora de olhar adiante e buscar um novo relacionamento. Nem que seja um peguete temporário para trocar antes da Copa de 2026, como já fizemos antes, aliás (Scolari em 2002 foi daquelas paixões curtas e avassaladoras).

Aparentemente, a CBF não se empolga com o belo sorriso de Abel Ferreira, disparado o treinador com o melhor trabalho no país. Mas o que Abel tem de amoroso com o Palmeiras tem de explosivo com todos os outros, o que dificulta a relação.

Tem também Fernando Diniz, hoje no Fluminense, capaz de levar torcedores das juras de amor eterno à quebra de confiança (às vezes na mesma jogada).

Então, eis que surge Jesus, o Jorge. Jesus, como se sabe, tem uma quedinha pelo Brasil, mais notadamente pela parte rubro-negra do Rio. E agora, pasmem, Jesus está solteirinho em pleno Dia dos Namorados.

Depois de apanhar no Campeonato Turco para o Galatasaray, o portuga adorado pela fla-torcida conseguiu levar o Fenerbahçe ao título da Copa da Turquia neste fim de semana —e aproveitou para deixar a equipe enquanto pode comemorar algo.

Jogadores do Flamengo arremessam ao alto Jorge Jesus após vencerem o Fluminense na final do Campeonato Carioca de 2020 - Ricardo Moraes - 15.jul.20/Reuters


Melhor (ou pior), ao se despedir do Fenerbahçe, JJ avisou: "Vou esperar aquilo que é meu sonho, um dos meus sonhos, que se possa realizar, vou esperar até o fim". E qual seria o sonho de JJ?

Enquanto aguardamos essa revelação onírica, é bom saber que Jesus tem um outro pedido de namoro na mão, da seleção da Arábia Saudita, com direito a um belo dote. A ver se JJ se deixará levar pelo dinheiro ou se ainda existe amor em seu coração.

No entanto, torcedores não devem esquecer que o mesmo Jesus que comandou o irresistível Flamengo de 2019 fracassou no Benfica em 2020-2021. E este mesmo Benfica, com poucas modificações e treinado pelo quase desconhecido alemão Roger Schmidt, tornou-se campeão nacional e destaque da Champions após a saída do míster.

Jogadores do Benfica festejam com o técnico Roger Schmidt o título do Campeonato Português 2022/2023 - Carlos Costa - 27.mai.23/AFP

Esperta mesmo foi a seleção do Uruguai, que fechou com o técnico mais apaixonante do mundo, o argentino Marcelo Bielsa, um dos poucos professores que faz até os olhinhos de Pep Guardiola brilharem.

Round 38 - Restam 13
Treze clubes continuam com o mesmo técnico após dez rodadas? Uoouuu. Com a saída do argentino Eduardo Coudet, com seu adorável cachecol, os brasileiros assumem a liderança entre os sobreviventes desde o round 1, com 7 a 6 contra os estrangeiros. Este escriba só não entendeu ainda se Coudet saiu ou se foi saído. O certo é que não volta.

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