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Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

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Idiotices, fake news e falta de bom senso invadiram o futebol e o mundo

Redes sociais influenciam dirigentes, treinadores e crônica esportiva

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As goleadas de Flamengo e Palmeiras na Libertadores merecem elogios. Mais animador ainda é ver mais uma excelente atuação dos jovens das duas equipes. Por causa da estrutura atual, científica, das categorias de base dos grandes clubes, os garotos ficam prontos mais cedo que no passado.

O São Paulo é o único clube brasileiro eliminado na fase de grupos. Deu azar, porque enfrentou o River Plate, um dos fortes candidatos ao título, e a LDU, que, em casa, na altitude, quase sempre vence os grandes times brasileiros. Além disso, o São Paulo foi o único do grupo que jogou na altitude, na derrota para o fraco Binacional, do Peru.

Ainda, a maneira de jogar do São Paulo, trocando passes e avançando com muitos jogadores, não funciona bem, porque existem muitas deficiências individuais no ataque e na defesa. Daniel Alves é o único jogador especial da equipe. Os outros são bons, porém comuns.

O técnico do São Paulo, Fernando Diniz, muito criticado nas redes sociais
O técnico do São Paulo, Fernando Diniz, muito criticado nas redes sociais - Agustin Marcarian/AFP

As redes sociais querem a degola de Fernando Diniz. Elas estão cada dia mais poderosas. Influenciam os dirigentes, os treinadores e a crônica esportiva. Fora as corretas críticas que surgem da internet, a idiotice, as fake news e a falta de bom senso invadiram o futebol e o mundo. Os programas esportivos e as transmissões das partidas ao vivo passaram agora a mostrar o que está bombando nas redes sociais. Onde isso vai parar?

Evoluções táticas
As mudanças na maneira de jogar são bem-vindas e inevitáveis, desde que sejam feitas no momento certo. O Santos, com as ótimas trocas de posição realizadas por Cuca durante a partida, venceu o Olimpia, no Paraguai.

O Barcelona, com a saída de Suárez e sob o comando do técnico Koeman, mudou o esquema tático que vigorava havia mais de 20 anos. Já tinha passado a hora.

O time, em vez de jogar com um trio no meio-campo e outro no ataque, passou a atuar com dois volantes em linha (Busquets e De Jong), um atacante aberto de cada lado (Ansu Fati e Griezmann), que voltam para marcar ao lado dos volantes, além de dois meias-atacantes pelo centro (Messi e Coutinho), sem centroavante. Messi, Ansu Fati e Coutinho brilharam nas duas últimas partidas.

O Corinthians, com Carille, jogou dessa forma, com sucesso, durante um período, com Jadson e Rodriguinho avançados pelo centro, sem centroavante.

Guardiola, nos dois primeiros jogos do Campeonato Inglês, mudou o desenho tático do Manchester City, ao jogar com dois volantes em linha (Fernandinho e Rodri) e mais um meia ofensivo (De Bruyne), em vez de atuar com um volante e dois meias avançados, como era habitual. O técnico não gostou, com razão, e voltou à formação anterior.

Os esquemas táticos servem de referência para técnicos, torcedores e comentaristas. Em campo, os jogadores não param de correr e mudam de posição e de função, com frequência, durante a partida. O posicionamento fixo é cada dia mais previsível, ineficiente e obsoleto.

Melhor do ano
A eleição de Lewandowski, em vez de De Bruyne, como o melhor jogador do ano pela Uefa, é mais uma constatação de que os artilheiros são muito mais valorizados que os meio-campistas. Lewandowski tem uma excepcional virtude, fazer gols, quase sempre de dentro da área e com um toque. De Bruyne atua de uma intermediária à outra, marca, passa, dribla, faz ótimos cruzamentos e gols, tudo com enorme precisão. Outra razão para a escolha de Lewandowski foi o fato de ele ter sido campeão alemão e europeu. De Bruyne deveria ter sido o escolhido.

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