Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Demanda fraca e safra intensificam queda na cotação do leite

Preços recebidos pelos produtores recuam 5,4% em relação aos de outubro

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Os produtores de leite, que já vinham passando por uma pressão de baixa nos preços devido à demanda interna fraca, deverão conviver com uma queda de intensidade ainda maior a partir de agora.

As chuvas melhoraram as pastagens, a entressafra terminou, e a captação de leite vem aumentando. Com isso, os preços, começam a cair com força maior.

Produtor rural ordenha vaca em Barretos (SP)
Produtor rural ordenha vaca em Barretos (SP) - Pierre Duarte - 9.ago.18/Folhapress

Neste mês, a média dos valores recebidos pelos produtores brasileiros recuou para R$ 1,3624 por litro, com queda de 5,4% em relação aos de outubro. Foi a mais intensa redução desde outubro do ano passado.

Mesmo assim, os valores pagos aos produtores pelo leite entregue em outubro são os maiores para os meses de novembro. Em relação a igual mês do ano passado, a evolução foi de 33%.Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), ligado à Esalq/USP.

O consumo está enfraquecido há alguns meses, devido à renda menor dos consumidores. O poder aquisitivo é fundamental para o setor de leite e de derivados, segundo os analistas do Cepea.

Com esse cenário, o produtor enfrenará preços menores também nos próximos meses, segundo Juliana Cristina dos Santos, analista do mercado de leite do Cepea.

De acordo com ela, a queda dos preços cheguu mais tarde neste ano. Tradicionalmente começa em agosto e se estende até janeiro. Com o atraso deste ano, a retomada dos preços, que se inicia em fevereiro, também poderá ser retardada.

Apesar dessas quedas, as margens dos produtores ainda são positivas porque o produto teve uma boa recuperação de preços nos meses recentes.

As importações estão em queda. De janeiro a outubro deste ano, o setor de leite e de derivados gastou US$ 385 milhões com compras externas, abaixo dos US$ 489 milhões de igual período de 2017.

As exportações, que somaram US$ 83,4 milhões nos dez primeiros meses do ano passado, caíram para US$ 44,3 milhões no mesmo período de 2018.

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