Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Tecnologia na cana pode poupar 3 milhões de hectares em área de plantio

Produtividade deve aumentar 33% até 2040 e reduzir necessidade de novos espaços

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A produtividade média dos canaviais brasileiros deverá aumentar 33% nos próximos anos com a chegada de novas tecnologias para os produtores. Com isso, o país garantirá um volume maior de cana-de-açúcar com redução na necessidade de expansão de área.

Atualmente em 75 toneladas por hectare, o campo brasileiro poderá obter uma produtividade de 100 toneladas em 2040, segundo o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).

As novas tecnologias a serem disponibilizadas pela ciência vão gerar 22 milhões de CBIos (Crédito de Descarbonização de Biocombustíveis) a mais no período e garantir uma agricultura mais sustentável, com redução do uso de diesel, de fertilizantes e de produtos químicos, segundo a empresa.

O relatório de sustentabilidade do CTC mostra que o aumento de produtividade terá um efeito poupa-terra de pelo menos 3 milhões de hectares no período. Essa área que deixará de ser semeada corresponde a 36% do total que o país utiliza atualmente para a produção de cana-de-açúcar.

Colheita mecanizada de cana na Usina Santo Antônio, em Sertãozinho (SP) - Joel Silva - 9.mai.17/Folhapress

Para o CTC, o aumento de produtividade está baseado em tecnologias de melhoramento genético, biotecnologia e novas soluções de plantio.

O Brasil é líder mundial na produção de cana, matéria-prima que passou a ser importante também para produção de energia renovável. Neste ano, terá a participação de 19% na matriz energética.

A empresa tem um dos maiores bancos de germoplasma de cana-de-açúcar do mundo, com mais de 4.000 variedades.

Renda sobe 6,7% na agricultura

No embalo do PIB (Produto Interno Bruto) do agro, que cresceu 19% no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período do ano passado, a renda real do trabalho teve uma evolução efetiva de 6,7% no mesmo período.

O cenário atual mostra uma situação diversa da dos anos de pandemia, quando o setor teve perda de renda. Os dados são do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com base na Pnad-Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

A renda efetiva na agricultura havia caído 2,4% no primeiro trimestre de 2021 e ficado estável no mesmo período de 2022. Segundo estudo do Ipea, os setores mais informais, e que haviam sido os mais atingidos durante a pandemia, agora mostram crescimento de renda mais intenso.

A agricultura e serviços estão entre eles, segundo o instituto.

Trigo Após uma safra recorde no ano passado, os gaúchos avaliam mercado e condições climáticas para uma tomada de decisão sobre o plantio do trigo no Rio Grande do Sul neste ano. Em algumas regiões, como a de Bagé, a tendência é de aumento da área. Em outras, porém, deverá haver queda.

Trigo 2 Na safra anterior, os gaúchos semearam o cereal em 1,53 milhão de hectares. Os dados deste ano só serão conhecidos nos próximos dias, segundo a Emater/RS Ascar.

Trigo 3 A tonelada de trigo recuou para R$ 1.246 nesta quarta-feira (7) no Rio Grande do Sul, segundo o Cepea. Na segunda quinzena de maio, chegou a R$ 1.313. No Paraná, a tonelada caiu para R$ 1.402, com queda de 0,8% no mês.

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