Após cinco meses de recuos, os preços dos alimentos já caem em ritmo menor, e as quedas beneficiam mais a população de menor renda.
Em setembro, os alimentos tiveram uma retração média de 0,78% para os paulistanos, segundo dados divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas), nesta terça-feira (3).
A queda nos preços para os que ganham de um a três salários mínimos foi de 0,98%, concentrada nos alimentos básicos.
Os alimentos representam 29% dos gastos dos consumidores com renda de um a três salários mínimos. Para os com oito ou mais salários, o peso no orçamento é de 18%.
Desde maio, quando os preços da alimentação iniciaram a queda, os consumidores com renda de até três salários tiveram uma deflação acumulada de 5,1% nos alimentos. A queda média desse setor no índice geral da Fipe foi de 3,7% no mesmo período
Em setembro, das dez principais quedas de preços de toda a lista apurada pela Fipe (cinco centenas de itens), oito foram do setor de alimentos básicos. Entre os básicos, no entanto, o arroz, destoa dessa tendência.
Pressionado por menor oferta interna e concorrência com as exportações, o cereal subiu 2,95% no mês passado e já acumula 10% neste ano.
A tendência de agora até o primeiro trimestre de 2024 é de alta, uma vez que a partir de dezembro se intensifica a entressafra do cereal. A alta em 12 meses é de 16,5%.
Entre as proteínas, a carne de frango voltou a subir, registrando alta de 3,5% em setembro. Apesar da alta do mês passado, os preços médios dessa carne ainda registram retração de 15,7% neste ano.
As carnes, que estão com preços em queda há vários meses, podem interromper essa tendência nas próximas semanas no varejo, uma vez que elas vêm registrando altas no campo.
A arroba de boi gordo voltou a R$ 236 no estado de São Paulo nesta semana, 20% a mais do que na primeira quinzena de setembro. A carne bovina serve de base para reajustes para as demais.
Se o preço das carnes pode reagir, a lista dos produtos que estão com queda é grande. O leite teve retração de 7,1% no mês passado, e nas próximas semanas a oferta do produto deverá aumentar devido à melhora dos pastos.
Medidas prometidas pelo governo contra as importações de lácteos, o que tem ajudado a manter a desaceleração dos preços internamente, poderão segurar o ritmo das quedas.
A Fipe coloca ainda na lista dos produtos com preços em queda e mais favoráveis aos consumidores de menor renda feijão, farinha de mandioca, fubá, ovos, batata, cebola, ovos, café e óleo de soja.
AÇÃO COLETIVA PARA SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS
Ministros de Agricultura reunidos em São José, na Costa Rica, discutem a busca de uma aliança continental para o aprimoramento da segurança alimentar com base em um desenvolvimento social.
Fernando Mattos, do Uruguai, afirma que a ação conjunta dos países e as soluções vindas da ciência vão ajudar o mundo a enfrentar a crise hídrica. Segundo ele, os meios de produção deverão gerar sistemas de adaptação e de resiliência mais fortes.
Para Laura Suazo, de Honduras, o trabalho conjunto resulta em soluções efetivas. É necessário, segundo ela, aprender com os países que já desenvolvem políticas bem-sucedidas.
Manuel Otero, diretor-geral do IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura), entidade que organiza o evento na Costa Rica, afirma que nenhum país deve enfrentar essa crise multidimensional que o planeta passa de forma isolada, mas sempre com cooperação.
Marian Almhein, ministra do Meio Ambiente dos Emirados Árabes Unidos, que vai sediar a COP 28 em novembro, diz que os países devem, juntos, fazer dos sistemas alimentares e da agricultura uma prioridade na luta contra crises climáticas, em benefício da geração que ainda está por vir.
O evento, que reúne ministros de Agricultura dos países das Américas, ocorre de 3 a 5 deste mês.
Eles também Em plena safra, um período de necessidade de vazão de produtos, os norte-americanos estão com sérios problemas no escoamento de grãos. O rio Mississippi, uma das portas de saída dos produtos agrícolas do país, está com níveis muito baixos em algumas regiões.
Eles também 2 Os Estados Unidos não estão sozinhos nesse drama. O Brasil vive excesso de chuva no Sul, irregularidades no Centro-Oeste e seca na Amazônia.
Eles também 3 A Espanha, importante produtora da Europa, passa por intensa seca, e o El Niño desestabiliza a produção na Ásia.
Energia renovável Três unidades do Hospital do Amor, de Barretos (SP), estão consumindo energia proveniente de biomassa da cana. A Tereos, do setor de produção de açúcar, etanol e bioenergia, renovou por mais uma safra a parceria com o hospital.
Energia 2 A empresa fornece, anualmente, 1.050 MWh (megawatts-hora) de energia. O volume atende o consumo das unidades Antenor, Infantil e São Judas. A parceria foi firmada em 2012
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