Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Vaivém das Commodities
Descrição de chapéu China

Exportações do agro para China superam US$ 17 bi no quadrimestre

Soja e carnes mantêm liderança no ano; receita com algodão chega a US$ 1 bilhão

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Os preços das commodities caem, mas as divisas obtidas com a China continuam aumentando no Brasil.

Nos quatro primeiros meses de 2023 e de 2024, o Brasil colocou produtos relacionados ao agronegócio no valor de US$ 35 bilhões naquele mercado, 13% acima das receitas obtidas em igual período dos dois anos imediatamente anteriores.

De janeiro a abril deste ano, foram US$ 17,1 bilhões, com uma forte concentração em poucos produtos. Os cinco principais somaram US$ 16,1 bilhões, com liderança de soja e de carnes, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

As receitas destes itens líderes da balança com o país asiático superam em 2% as de janeiro a abril de 2023. O resultado ocorre devido ao algodão, que volta a ter maior relevância no mercado chinês, e ao milho, que começa a ganhar espaço nas compras chinesas.

As importações brasileiras crescem no mesmo percentual, lideradas pela compra de adubos. Neste ano, os brasileiros importaram 1,44 milhão de toneladas desse insumo dos chineses, um volume superior ao de 2023, mas com gastos 30% menores.

Após a alta acelerada provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, os preços internacionais do adubo estão cedendo.

A Secex mostra que a compra de alimentos chineses pelo mercado brasileiro é restrita e se concentra em peixe e hortifrútis.

Exportador de madeira e de algodão para os chineses, o Brasil importa, no entanto, produtos derivados desses itens, como madeira para móveis e fios de algodão e tecidos.

Além da China, as exportações brasileiras do agronegócio avançam nos mercados asiáticos da Indonésia, Tailândia, Japão, Índia e Vietnã.

Milho O contrato futuro do cereal apresentou crescimento de 46% no volume médio de contratos negociados por dia na B3 no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2023. O milho é o derivativo de commodities mais líquido da bolsa,

Milho 2 Os contratos passaram de 13,9 mil, no ano passado, para 20,3 mil neste. A quantidade de contratos em aberto subiu 35% em março, em comparação ao mesmo mês no ano passado, somando 302,5 mil

Pessoa física Segundo dados da Bolsa, 15% dos investidores que operaram no primeiro trimestre deste ano são novos no produto, e 91% dos investidores do futuro de milho são pessoas físicas.

Mais investidores Marielle Brugnari, gerente de produtos de commodities da B3, afirma que a Bolsa busca incentivar a liquidez do milho, para aumentar a gama de investidores.

Incentivos Um dos programas é o lançamento de incentivos para as corretoras buscarem mais volumes e clientes, além do aprimoramento do programa de formador de mercado, afirma ela.

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