LUIS ADORNO
DO UOL, EM SÃO PAULO

Daniel Cravinhos de Paula e Silva, condenado a 38 anos e 11 meses de prisão por matar os pais Suzane von Richtofen, Manfred e Marísia, em outubro de 2002, foi liberado do presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, para cumprir o resto da pena em liberdade. Ao todo, entre os regimes fechado e semiaberto, Daniel ficou 15 anos e 3 meses preso.

Ele era namorado de Suzane à época do crime e deixou o presídio por volta das 16h35 desta terça-feira (16). O benefício, concedido pela 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté (140 km de SP), ocorreu por causa do bom comportamento e pela redução de pena obtida com dias de trabalho. Uma das funções que ele exerceu dentro do presídio, por exemplo, foi a confecção de cadeiras e mesas utilizadas em escolas públicas.

Em dezembro de 2014, Daniel Cravinhos se casou com uma filha de uma agente penitenciária. Ele teria conhecido a mulher em novembro de 2012, quando ela foi ao presídio visitar o irmão, detido sob a suspeita de ter participado de um roubo.

Daniel e o irmão, Christian Cravinhos, haviam sido condenados pela Justiça de São Paulo em 2006. Em agosto de 2017, Christian saiu da prisão após também ter sido beneficiado com o regime aberto por bom comportamento e trabalho.

Enquanto isso, Suzane, condenada a 39 anos sob a acusação de tramar o crime, continua na penitenciária feminina de Tremembé, no regime semiaberto. Por não estar no regime fechado, ela tem direito a cinco saídas temporárias da prisão durante o ano.

Ela foi uma das 33.324 pessoas que saíram de prisões do Estado no fim do ano de 2017, por exemplo. Ela retornou na data estipulada, assim como 96% do total dos beneficiados.

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