Descrição de chapéu Obituário Alfredo de Sartory Alvarado Gusman (1960 - 2018)

Mortes: Colunista influente, criou seu próprio Oscar

Fernanda Pereira Neves
São Paulo

O glamour não é o mesmo e a cobertura não é internacional, mas Corumbá (MS) tem sim o seu próprio Oscar. O evento, criado há 18 anos, entrega estatuetas para pessoas que se destacaram na cidade. E o pai da brincadeira, que ganhou o nome The Best ou Oscar Panteneiro, é o colunista Alfredo Sartory. 

Nascido e criado na cidade, ele acumulou 30 anos de colunismo social, tendo passado por jornais como “Diário Corumbaense”, “Jornal da Cidade de Miranda”, “Correio de Corumbá”, entre outros.

Encontrava pauta nas festas badaladas que frequentava, mas também no bar da esquina. Costumava a dizer “vou procurar minhas notícias” antes de bater perna pela cidade. E se encontrava algo bom, logo invocava a Camilinha, personagem que usava para apontar o dedo, cutucar alguém, fazer uma boa crítica. 

Apesar da popularidade como colunista, acumulava outros empreendimentos: uma espécie de cantina no Lions Clube da cidade e um serviço de buffet em sua própria casa. Cozinha era mesmo uma de suas paixões. Já tinha atuado como auxiliar de chef na juventude e, as vezes, voltava a pôr a mão na massa. 

Apesar de ser descrito como sério e calado pelos amigos, amava o período do Carnaval, quando chegava a sair em “cinco, seis, sete escolas de samba”, brinca o filho, Leandro. Ocupou o cargo de presidente da Mocidade Independente da Nova Corumbá, escola que o homenageou com um samba-enredo em 2009. 

Não à toa, morreu na Quarta-Feira de Cinzas, aos 58, após lutar contra um câncer. Deixa o filho, um neto, dois irmãos e muitos amigos. 

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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