Teto de escola infantil desaba e deixa feridos em Agudos, em SP

Ao menos 19 pessoas ficaram feridas, entre crianças e funcionários

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Foto mostra escombros de teto que caiu de escola em Agudos (SP)
Escombros de teto que caiu de escola em Agudos (SP) - Divulgação/Corpo de Bombeiros
Bruno Mestrinelli
Bauru

​O teto da escola municipal infantil Diomira Napoleone Paschoal, demAgudos, interior de São Paulo, desabou na manhã desta quarta-feira (18).

Segundo a prefeitura, 19 pessoas —15 adultos e 4 crianças— ficaram feridas.  Duas delas permanecem internadas com fraturas em um hospital de Bauru. As demais foram atendidas e liberadas.

 

O marido da berçarista Raquel Dalbeto, uma das funcionárias feridas no desabamento, disse que a esposa se colocou em cima das crianças. "Foi aí que ela foi atingida pelos escombros", diz Matheus Cardoso.

Ela teve um corte na cabeça e trincou uma vértebra. Vai passar a noite de quarta internada em um hospital particular de Bauru. 

O funcionário público Marcelo de Souza Rodrigues ajudou a socorrer as crianças. Ele trabalha em uma repartição pública a 50 metros da escola. "Ouvimos um barulho. Uma pancada enorme. Corremos lá para ajudar a salvar as crianças. Foi muito feio, assustador".

A escola atende crianças com idades de seis meses a três anos. No momento do acidente, a unidade estava em plena atividade. Parte do teto caiu sobre o refeitório.

O prédio é de 1947 e foi interditado. Técnicos da Defesa Civil irão nesta quinta-feira (19) a Agudos para definir se será necessário demolir a obra. 

No ano passado, o edifício foi reformado. O telhado que desabou foi trocado, segundo a prefeitura, mas o madeiramento era antigo.

A causa do desabamento, segundo o engenheiro da Prefeitura de Agudos, Agostinho de Barros Tendolo, foi uma infiltração de água de chuva que comprometeu o madeiramento, provocando o rompimento de uma “tesoura de madeira”. "Aí houve um efeito cascata, que rompeu todo o telhado do refeitório", explica. 

Assim como fizeram outras famílias, a auxiliar de serviços gerais Bruna Mayara Gomes, 25, mãe de um aluno de uma turma não atingida no acidente, correu para a UPA de Agudos ao ouvir notícias do desabamento —seu filho não foi atingido.

Ela conta que, desde que o prédio foi reaberto após a reforma, não foi informada sobre problemas na estrutura. "Ninguém falou nada nas reuniões com os pais. Mas foi um grande susto para todo mundo", disse.

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