No último sábado (12) a PM Kátia Sastre estava acompanhada de sua filha de sete anos quando reagiu a um assalto em frente à escola da menina, no bairro Jardim dos Ipês, em Suzano (Grande SP).
De folga, Kátia disparou três vezes contra o ladrão, que morreu. No domingo (13), o governador de São Paulo, Márcio França (PSB) capitalizou em cima do ato ao homenagear Sastre e contrariar diretriz da própria Polícia Militar, que busca reduzir a letalidade policial.
Para além da polêmica, veja quais são as formas indicadas de comportamento em situações de perigo como a vivida pela policial, um roubo à mão armada, segundo policiais ouvidos pela Folha.
CIVIS
- Nunca reaja
Mesmo que pareça possível dominar o ladrão; ele pode ter comparsas ocultos - Não faça movimentos bruscos
O criminoso inexperiente ou drogado pode se assustar e atirar - Não discuta com o ladrão
Ele pode se irritar e querer mostrar quem manda na situação - Não encare o ladrão
Ele pode achar que você está "marcando" seu rosto para entregá-lo à polícia - Não tente correr
O criminoso pode atirar pelas costas - Não reclame de má sorte
O criminoso pode querer "ajudar" a vítima a se livrar de fardo
POLICIAIS
Reação depende da análise do policial em cada caso. Em geral, deve seguir o método Giraldi, de uso progressivo da força. Se houver possibilidade, o mais desejável é ferir o criminoso, sem matá-lo
Quando pode reagir
- Quando a reação é o último recurso de sobrevivência, dele ou de outra pessoa
- Quando está armado e percebe que será revistado (por isso há pessoas que defendem que policiais andem desarmados no horário de folga)
Quando não deve reagir
- Se estiver desarmado
- Quando há inocentes na linha de tiro, como crianças na frente ou atrás do criminoso; há casos extremos de policiais que sacrificam a própria vida
- Quando o disparo pode provocar grande tumulto (em locais de aglomeração, como shoppings, há risco de correria e muitas mortes)
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