Descrição de chapéu Obituário EDUARDO GONÇALVES (1950 - 2018)

Mortes: De voz marcante, foi pioneiro na televisão no interior do RJ

O jornalista e radialista Eduardo Gonçalves se dedicou por quatro décadas à comunicação

Eduardo Gonçalves de Oliveira (1950-2018)
O jornalista Eduardo Gonçalves de Oliveira (1950-2018) - Arquivo Pessoal
Kelly Mantovani
São Paulo

Foi morando com os pais em um prédio que abrigava transmissores de rádio que Eduardo Gonçalves se viu interessado em conhecer os bastidores do mundo radiofônico.

Além da curiosidade, sua voz grave chamava a atenção por onde passava —e logo o garoto fluminense de Barra Mansa (interior do Rio) descobriu que queria trabalhar à frente dos microfones.

Magro e alto, Eduardo tinha a alcunha de Bambu. Edu, como também era conhecido, começou trabalhando aos 18 na Rádio Sul Fluminense, como operador de áudio, nos anos 1970. Depois, formou-se em jornalismo e, aos 21, virou locutor e discotecário —apresentava e separava discos de vinil para serem ouvidos durante a programação.

“A voz dele era tão marcante que abaixávamos o grave da mesa de som quando ele falava”, lembra o colega de trabalho Renan Cury.

Em 1980, foi um dos primeiros apresentadores de telejornal do interior fluminense, na hoje TV Bandeirantes. Teve passagens pela Rádio Siderúrgica e Rádio Nacional. Com quatro décadas dedicadas à comunicação, há cinco anos voltou para a emissora onde iniciou a carreira.

Nos finais de semana e horas livres, jogava futebol com os amigos ou viajava para visitar parentes em Bananal, no interior de SP. Não perdia a chance de contar histórias engraçadas. Também não media esforços para ajudar o próximo —buscava ressaltar as virtudes das pessoas. Católico fervoroso, era devoto de Nossa Senhora Aparecida.

Nos últimos dois anos, lutou contra um câncer no estômago. Morreu no dia 20 de junho, pouco depois de completar 68 anos. Deixa a mulher, a filha, uma neta e seus ouvintes fiéis.


coluna.obituario@grupofolha.com.br

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