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Polícia identifica suspeito de ser o mandante da morte de Vitória Gabrielly

Traficante preso no interior de SP teria ordenado sequestro de outra menina

Thiago Braga
São Paulo | Agora

A Polícia Civil de São Paulo identificou o provável mandante do assassinato da estudante Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, 12. O crime ocorreu no mês passado, em Araçariguama (a cerca de 50 km de São Paulo).

Um traficante que cumpre pena em um presídio no interior de São Paulo teria ordenado que o servente de pedreiro Bruno Marcel de Oliveira, 33, e a namorada dele, a faxineira Mayara Borges de Abrantes, 24, dessem um susto na família de um rapaz.

Esse jovem, por sua vez, está preso no Centro de Detenção Provisória de Sorocaba (a 99 km de SP) e disse à polícia, em depoimento na última terça (3), que devia R$ 7.000 em drogas para o traficante. Desde a semana passada Bruno e Mayara estão presos.

Segundo Roberto Guastelli, advogado dos pais de Vitória, ainda falta esclarecer porque Bruno, Mayara e o pedreiro Julio Cesar Ergesse, 24, que também está preso, mataram a adolescente.

A polícia ainda quer esclarecer como foi a comunicação entre o traficante preso e Bruno, para que eles pudessem cobrar a dívida.

O rapaz que está preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Sorocaba diz que vinha recebendo ameaças de morte por causa da dívida e acredita que Vitória Gabrielly foi sequestrada ao ser confundida com a irmã dele, de idade semelhante e que estudava na mesma escola da vítima.

O inquérito deve ser apresentado ao Ministério Público nesta sexta (6). A reportagem tentou contato com o advogado do casal, mas não obteve respostas até a conclusão desta edição. Julio Cesar Ergesse não constituiu advogado e nega ter matado Vitória.

A garota desapareceu no dia 8 de junho, após sair para andar de patins em um ginásio esportivo perto de casa. A última vez que Vitória foi vista com vida é em imagens de câmeras de segurança em uma rua perto do ginásio.

O corpo da menina foi encontrado no dia 16, perto de uma estrada de terra, na zona rural de Araçariguama, ao lado dos patins.

Laudo da perícia feita pelo IML (Instituto Médico Legal) determinou que Vitória foi morta por asfixia provocada por esganadura, de forma violenta. 

Cães farejadores foram usados pela polícia e identificaram o cheiro de Bruno no local onde foi encontrado o corpo e o cheiro da menina na residência do casal.

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