Caminhão bate em pedágio, e marquise desaba na rodovia dos Bandeirantes, em SP

Colisão ocorreu pela manhã e interdita faixas no sentido capital; não há feridos

São Paulo

Parte da cobertura de uma praça de pedágio da rodovia dos Bandeirantes desabou na manhã desta sexta-feira (3) na Grande São Paulo após a batida de um caminhão.

O acidente ocorreu no km 36, em Caieiras, no sentido capital da estrada, administrada pela concessionária AutoBAn.

Imagem de câmera da rodovia mostra que a carreta se aproximou da praça de pedágio com o braço de uma retroescavadeira deslocado para fora da lateral do veículo. 

Ele bateu em uma coluna do posto na faixa destinada à passagem de veículos com cobrança eletrônica, como Sem Parar e Conectcar, e derrubou parte da marquise. A queda atingiu principalmente as faixas reservadas ao pedágio automático, por onde não passavam outros veículos. Havia filas nas cabines com cobrança manual, mas a estrutura não desabou debaixo dessa área. Ninguém ficou ferido.

Segundo uma testemunha, que não quis se identificar, outros motoristas que vinham atrás e funcionários da concessionária tentaram avisar sobre a irregularidade ao condutor do caminhão, que não parou.

A Polícia Militar Rodoviária isolou a área para a realização de perícia. A identidade do motorista do caminhão não foi revelada.

Depois do acidente, pouco antes das 10h, a via registrou 2 km de lentidão, do km 38 ao km 36, já que apenas algumas faixas da rodovia estavam liberadas no sentido da cidade de São Paulo. 

Para diminuir o congestionamento, a Autoban desviou os carros no km 48 para a rodovia Anhanguera, que também liga o interior paulista à capital. Já o acesso da Anhanguera para a Bandeirantes foi bloqueado. Por volta das 19h30 esse acesso, na altura do km 50, permanecia fechado, e a Anhanguera apresentava lentidão do km 56 ao 26.

Às 2h38 da madrugada deste domingo (5), duas faixas do pedágio atingidas pelo desabamento foram liberadas. Uma ainda permanece interditada.

Acidentes em cancelas

Em 2017, houve 824 acidentes em praças de pedágio nas rodovias estaduais paulistas, pouco mais de dois por dia, segundo a Artesp (agência paulista que regula concessões). Metade ocorreu nas praças automáticas, por onde passam 57% dos veículos.

Em 2018, até maio, houve 303 acidentes, sendo 152 em cabines manuais e 151 nas pistas de pedágio eletrônico.

Esses números têm motivado uma discussão sobre a presença obrigatória das cancelas, mesmo onde ocorre a cobrança eletrônica das tarifas de pedágio.

Defensores da retirada da cancela alegam que o equipamento gera falta de segurança. Em junho, uma lei que obrigava a retirada desses obstáculos em todas as praças de pedágios de São Paulo entrou em vigor.

A decisão chegou a ser cumprida, mas dias depois as cancelas foram reinstalados, após a ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias Rodoviárias) conseguir uma liminar na Justiça para suspender os efeitos da nova norma.

As concessionárias discordam que a ausência do bloqueio reduza acidentes. Além de apontar a possibilidade do aumento dos incidentes devido ao possível tráfego em velocidade mais alta, as administradoras das rodovias temem que, sem cancelas, aumente a quantidade de carros que passam sem pagar.

O DER (departamento de estradas paulista) diz que, em 2017, foram aplicadas 282 mil multas por evasão de pedágio nas rodovias paulistas. A infração é considerada grave, com multa de R$ 195,23, e perda de cinco pontos na carteira.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.