Após expulsar traficante do CV, Paraguai manda integrante do PCC ao Brasil

Ele já havia sido condenado a 24 anos de prisão por tráfico de drogas e organização criminosa

Luís Adorno
São Paulo | UOL

Três dias depois de o Paraguai ter expulsado o traficante Marcelo Piloto, apontado como um dos líderes do CV (Comando Vermelho), o país extraditou, nesta quinta-feira (22), o também traficante Rovilho Alekis Barboza, conhecido como Bilão, e integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Bilão foi preso no Paraguai, em 30 de março de 2017, com armas, drogas e dinheiro em espécie em um local em que pagaria corrupção a membros da polícia local, segundo as autoridades do país vizinho.

Rovilho Alekis Barboza, conhecido como Bilão, é expulso do Paraguai
Rovilho Alekis Barboza, conhecido como Bilão, é expulso do Paraguai - Divulgação

À época da prisão de Bilão no Paraguai, o Brasil já havia feito pedido de extradição do traficante, apontado com cargo importante na expansão da facção naquele país.

No Brasil, ele já havia sido condenado a 24 anos de prisão, em regime fechado, por tráfico de drogas e organização criminosa. O UOL não conseguiu contato com a defesa de Bilão.

Segundo investigações realizadas no Paraguai, existia a suspeita de que Bilão continuasse comandando parte do tráfico de drogas, tanto no sul do Brasil quanto na fronteira com o Paraguai, de dentro da prisão.

Ele era apontado como o principal traficante de cocaína do sul do Brasil. Segundo o Ministério do Interior do Paraguai, o país atendeu ao pedido de extradição feito pelo Brasil através da 2ª Vara Criminal de Maringá, no Paraná.

O Ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, informou, em nota, que a extradição ocorreu a mando do presidente, Mario Abdo Benítez, como parte da determinação do governo de expulsar do país criminosos reconhecidos de outras nacionalidades.

Bilão estava na Penitenciária Nacional de Tacumbú, que fica na capital Assunção. Durante a madrugada desta quinta-feira, policiais de elite o levaram até um aeroporto utilizado pela Força Aérea. De lá, foi levado em um avião militar até Hernandarias, na divisa com o Paraguai.

No local, a direção de migração do país entregou a ele o certificado de deportação, que fora assinado na tarde de ontem pelo juiz Miguel Tadeo Fernández. A PF (Polícia Federal), do Brasil, não confirmou, até esta publicação, para onde o traficante será levado.

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