MST é terrorista e reforma agrária, obsoleta, diz futuro secretário de Doria

O produtor rural Gustavo Junqueira foi anunciado para a pasta nesta quinta (8)

Retrato de Gustavo Junqueira
Gustavo Diniz Junqueira, em jantar de comemoração de 97 anos da Sociedade Rural Brasileira, em 2016 - Bruno Poletti/Folhapress
Artur Rodrigues
São Paulo

O futuro secretário da Agricultura do estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, classificou a reforma agrária como "obsoleta" e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) como "terrorista". A fala aconteceu na coletiva em que João Doria (PSDB) anunciou o nome de Junqueira, nesta quinta-feira (8). 

"O programa de reforma agrária é um programa do século 19 e nós temos no Brasil uma agricultura do século 21. Acho que isso não deveria ser uma preocupação dos pequenos produtores", disse ele, que é produtor rural.

"Temos muita terra, muita gente com capacidade de produção e de fato os produtores têm uma importância no estado de São Paulo ainda maior do que no resto do Brasil", afirmou. 

Ele ressaltou que parte importante da produção agrícola paulista é feita por pequenos produtores com alta tecnologia e eficiência. "Entendo que o programa, qualquer que seja, de reforma agrária é um programa obsoleto", disse. 

Junqueira afirmou ainda que o MST é uma organização terrorista. "Eu não sou partidário de que a gente deva aliviar. Eu mesmo tive contraponto com o governador Geraldo Alckmin no momento que ele fez essa aproximação", lembrou. "Temos as leis e as leis precisam ser respeitadas. Nenhuma propriedade privada pode ser invadida e o governo do Estado não vai permitir que esses abusos ocorram". 

Segundo o futuro secretário, o grande desafio para a pasta é ajudar o produtor rural e o agronegócio. "Temos uma estrutura que precisa ser modernizada, precisamos levar tecnologia para o campo. Precisamos fazer isso de maneira que seja sustentável", disse. 

Junqueira é produtor rural nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Pará. Ele é sócio-diretor da Brasilpar Investimentos. Entre 2014 a 2017, presidiu a Sociedade Rural Brasileira.

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