Descrição de chapéu Tragédia em Brumadinho

Equipe de Israel enviada a Brumadinho atuou em mais de 20 desastres pelo mundo

Unidade foi criada em 1984 para lidar com ameaças regionais

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Tel Aviv

Israel é reconhecido por sua resposta rápida a catástrofes e está entre os primeiros países a prestar assistência humanitária a áreas afetadas por desastres, mesmo quando estão distantes ou não mantém relações próximas com o país. 

A Unidade Nacional de Resgate das Forças de Defesa de Israel (FDI) foi criada em 1984 para lidar com ameaças com as quais o país lida regionalmente, como atentados terroristas. Mas, em 1985, começou a participar de eventos trágicos pelo mundo. Desde então, participou de 25 eventos, o primeiro foi no México, que sofreu, naquele ano, um terremoto.

O comandante da Unidade de Resgate Nacional de Israel, Golan Vach (à esquerda), nos preparativos para o embarque ao Brasil
O comandante da Unidade de Resgate Nacional de Israel, Golan Vach (à esquerda), nos preparativos para o embarque ao Brasil - Divulgação/Forças de Defesa de Israel

A unidade retornaria ao país em setembro de 2017, quando levou 71 soldados ao país após mais um tremor de terra. Ela atuou também em países como Argentina, Chile, Haiti, Filipinas, Japão, Turquia e Nepal. No Brasil, é a primeira vez. 

“Também já ajudamos em buscas e resgates em países cujo relacionamento diplomático é mais frio com Israel. Nosso objetivo é justamente ser uma ponte universal”, disse o major Motti Finkelstein, vice-comandante da Unidade Nacional de Resgate das Forças de Defesa de Israel (FDI).   

A delegação que chegou neste domingo (27) a Minas Gerais tem cerca de 130 soldados e oficiais reservistas, entre eles especialistas em engenharia, médicos e pessoal de resgate, além de soldados da Unidade Canina Oketz (picada, em hebraico), bombeiros da Brigada de Incêndio Lehava (chama) e membros da unidade submarina da Marinha. Ela é chefiada pelo comandante da Unidade Nacional de Resgate, o coronel (Res.) Golan Vach. 

As tropas levaram consigo dispositivos de sonar e drones, além de cães farejadores, para a missão. "A partir do momento em que a diretriz veio, uma série de avaliações e preparações foram feitas para entender o desafio de lidar com locais dizimados como resultado do desastre", disse o porta-voz do IDF, Ronen Manelis. 

A brigada é conhecida por sua mobilização imediata, análise rápida da situação, pesquisa de engenharia de edifícios, provisões de assistência médica e uso de equipamentos tecnológicos logísticos avançados.

No momento do embarque, os membros da delegação não escondiam a ansiedade: "Esperamos toda a noite pela sinal verde e isso me deu muito tempo para pensar sobre o que iríamos fazer", disse o capitão Eden Dinu. 

A missão é a primeira depois a Brigada de Busca e Resgate do Comando da Frente Interna das Forças de Defesa de Israel (IDF) – da qual a Unidade de Resgate Nacional faz parte –foi aceita, em novembro de 2018, como membro do Grupo Consultivo Internacional de Busca e Resgate das Nações Unidas (Insarag, na sigla em inglês), uma aliança internacional de 80 países com sede na Suíça e se mobiliza para ações de resgate pelo mundo.

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