Um médico pediatra aposentado morreu esfaqueado no pescoço após um ex-paciente adolescente, de 17 anos, ser reconhecido pela vítima durante assalto. O menor realizava um roubo com mais dois adultos, na manhã de quarta-feira (16) no Sacomã (zona sul de SP).
Segundo a polícia, Moacir Parra, 72 anos, saía para passear com seu cachorro, quando foi abordado pelo menor, por Pablo Leonida Silva e por Marcel César Bueno, ambos de 24 anos. Eles entraram com a vítima na casa.
Enquanto pegavam objetos e dinheiro, o capuz usado pelo menor teria caído e, por isso, Parra reconheceu o menor, que foi seu paciente. “Mesmo aposentado, ele atendia às pessoas da região da favela Heliópolis. Quem não tinha dinheiro, ele consultava de graça”, afirmou uma amiga próxima à vítima, que pediu anonimato.
A amiga acrescentou que Parra conhecia os três criminosos e que o menor, que assumiu o latrocínio (roubo seguido de morte), mora “quase em frente” à vítima.
Além de ser esfaqueado, o pediatra também foi agredido, segundo boletim de ocorrência, com chutes e socos no rosto. Ele gritou por socorro e vizinhos acionaram a polícia. O trio fugiu.
Segundo a PM, policiais localizaram o menor e Silva, perto da casa da vítima, na rua Elias Nagem Haidamus.
Com eles, foram encontrados três relógios, cerca de R$ 300, três celulares, além de uma sacola, onde havia duas camisetas manchadas de sangue. O médico chegou a ser encaminhado ao hospital Heliópolis, mas não resistiu. Antes, foi encontrado caído dentro de casa, com um tapete e um saco plástico sobre a cabeça.
Segundo a polícia, Silva e o menor confessaram o crime e indicaram o endereço do terceiro ladrão, que foi abordado e preso na rua Alfa, também em Sacomã. Ele também confessou, segundo a Polícia Militar.
A defesa dos acusados não foi encontrada.
Vizinhos afirmaram que o médico Parra era “muito querido” na região, onde vivia havia cerca de 60 anos.
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