SP confirma primeiro caso de sarampo após quase quatro anos sem registro da doença

Segundo vigilância epidemiológica, trata-se de uma ocorrência importada do vírus

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São Paulo

Após quase quatro anos sem registrar casos de sarampo em São Paulo, exames confirmaram a doença em um paciente no final do mês de março. De acordo com o setor de vigilância epidemiológica do município, trata-se de um caso importado do vírus.

O paciente teria sido infectado com a doença durante uma viagem à Noruega. A identidade dele e seu estado de saúde não foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. 

A pasta afirma que foi realizado um bloqueio vacinal de forma seletiva, que consiste na atualização da vacina tríplice viral em pessoas que convivem com o paciente e não eram imunizadas ou estavam com o esquema de imunização incompleto. Agentes do órgão também atuaram em locais frequentados pelo paciente após avaliação de seus deslocamentos recentes.

Segundo boletim da vigilância epidemiológica, os últimos casos de sarampo na cidade de São Paulo ocorreram em 2015. Naquele ano duas pessoas tiveram a doença. 

O balanço da prefeitura mapeia os registros de infectados desde 2007. Nos últimos 12 anos, o maior número de casos aconteceu em 2011, quando 11 pessoas foram receberam o diagnóstico de sarampo. No mesmo ano, outros 14 casos foram confirmados no estado de São Paulo. Não foram registradas mortes em decorrência da doença.

Também em março a cidade de Santos (a 72 km de SP) registrou o primeiro caso autóctone de sarampo no estado desde que a circulação endêmica da doença foi interrompida em 2000.

A presença do vírus foi identificada numa menina de quatro anos, que foi contaminada sem ter saído da região onde mora com a família. Ela também não teve contato com outras pessoas com a doença. A Prefeitura de Santos afirma ter realizado bloqueios nas áreas onde a garota mora e estuda.

No dia 19 de março o Ministério da Saúde já havia confirmado que o Brasil perderá o status de país livre do sarampo, após registrar em fevereiro um novo caso no Pará e não ter conseguido interromper a transmissão de sarampo durante o último ano.

Contágio

Causada por um vírus, o sarampo é uma doença grave e contagiosa, que pode ser transmitida por contato direto com a secreção ou pelo ar. Suas complicações são maiores em crianças menores de um ano de idade e desnutridas.

Os sintomas podem incluir febre alta, tosse, coriza, olhos lacrimejando, manchas avermelhadas na pele e manchas brancas na parte interior das bochechas.

É possível proteger-se da doença por meio da vacina, disponível gratuitamente na rede pública de saúde. Para que os resultados sejam mais eficazes, são necessárias as aplicações de duas doses a partir de um ano de vida da criança.

A Secretaria de Saúde também orienta adultos que não receberam a vacina na infância a se imunizarem. A vacina ainda protege contra outras duas doenças: caxumba e rubéola. 

Gestantes e indivíduos imunossuprimidos, porém, não devem receber a vacina.

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do afirmado inicialmente pela Secretaria da Saúde e reproduzido neste texto, gestantes e indivíduos imunossuprimidos não devem receber a vacina do sarampo. A orientação foi corrigida.

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