Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Pasta LGBT nomeia filho de Witzel no RJ; ganhará como os demais, diz chefe

Erick Witzel vai trabalhar na Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, da Prefeitura do Rio

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Marcela Leite
São Paulo | UOL

Erick Witzel, 24, filho do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), tornou-se funcionário da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS) da prefeitura carioca na última sexta-feira (2).

O chefe da pasta, Nélio Georgini, defendeu a contratação e disse que não haverá privilégios. "Todos têm o mesmo padrão de salário, R$ 1.695.56", afirmou.

Erick é homem transgênero e havia se oferecido para atuar na pasta até como voluntário, segundo Georgini.

Erick Witzel, filho trans do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel
Erick Witzel, filho trans do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel - Ricardo Borges/UOL

"Ele já fazia contato com duas pessoas negras trans que faziam parte da minha equipe e uma delas sugeriu que ele fizesse parte da CEDS. Eu escutei toda essa história e chamei o Erick para conversar", conta Georgini.

Erick tinha uma relação fria com o pai e se distanciou ainda mais quando Witzel, quando candidato, foi filmado destruindo uma placa em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL), lésbica e envolvida na defesa da causa LGBT.

Nos últimos meses, pai e filho voltaram a se aproximar. Eles assistiram juntos ao jogo do Flamengo no Maracanã esta semana.

​Erick classificou a nomeação como uma "oportunidade única de desenvolver novos projetos ou dar continuidade a projetos já vigentes voltados à diversidade, principalmente, às pessoas transexuais".

Ele afirmou esperar "atender as expectativas e superar as críticas" e dar visibilidade às pessoas transexuais.

Coordenador diz que parentesco não importou

Ao UOL, Georgini disse que o parentesco com o governador não teve ligação com a contratação.

"Eu fui muito criticado pela questão de nepotismo, mas fiz questão de entender a súmula 13 do Supremo. Em nenhum momento eu consultei, conversei com o governador ou com o prefeito", afirma.

"Os meus critérios são muito transparentes, porque sou cobrado pela imprensa."

O coordenador diz que Erick, chef de cozinha, havia recebido propostas para ser assessor de deputados.

Mas o jovem teria negado as ofertas e decidido trabalhar sem receber na coordenadoria.

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