A graça de jogar capoeira e tocar instrumentos de percussão ao mesmo tempo era a marca registrada do músico Edwin Barbosa da Silva Filho, conhecido como Edwin de Olinda.
A cidade pernambucana que carregou no nome artístico é seu local de nascimento, o mais velho de cinco irmãos adotados pelo babalorixá Edwin Barbosa da Silva.
O amor pela percussão começou dentro de um terreiro de candomblé, onde começou a tocar os instrumentos.
A irmã, a educadora social Juliana Barbosa, 31, admirava sua alegria. "Mesmo triste e com problemas, ele tinha alto astral. Edwin nos ensinou que, independentemente das dificuldades, é importante manter o otimismo, a fé e a alegria.
Entre os anos de 2009 e 2010, juntos colocaram em funcionamento o Espaço Cultural Edwin de Olinda.
Lá, crianças de 7 a 12 anos aprendiam a fabricar instrumentos de percussão artesanalmente e também a tocá-los.
Além de influenciar outros músicos, Edwin também doava instrumentos aos grupos da cidade.
Em 2013, foi agraciado com o Troféu Luiz Gonzaga, concedido pela Câmara Municipal de Olinda, pelo seu "papel relevante no engrandecimento da música e cultura nordestina".
Para que a carreira seguisse adiante foi necessária a mudança para o Rio de Janeiro. Por 26 anos, tocou ao lado de Alceu Valença, que escreveu a música "Quando Edwin Desce a Ribeira" em sua homenagem.
Também acompanhou Carlinhos Brown, Gilberto Gil, Sting, Stanley Jordan e outros artistas consagrados.
Edwin Barbosa da Silva Filho, considerado um dos cinco melhores percussionistas do Brasil, morreu dia 5 de fevereiro, aos 51 anos, de insuficiência respiratória. Deixa esposa e um filho.
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