Descrição de chapéu Coronavírus

Nova fase de testes para vacina chinesa contra Covid-19 começa em 20 de julho

Serão testados 9.000 profissionais de saúde; inscrições poderão ser feitas a partir de 13 de julho

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São Paulo

Os testes da fase 3 da vacina Coronavac, contra o novo coronavírus, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, que foram autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), começarão no próximo dia 20.

É a segunda liberação de testes pelo órgão. No dia 2 de junho, a Anvisa havia dado o aval à Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Na semana que vem, chegarão os lotes da vacina vindos da China e será iniciado o processo de distribuição para os centros de pesquisa.

Governador de São Paulo, João Doria, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi (zona sul)
Governador de São Paulo, João Doria, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi (zona sul) - Governo do Estado de São Paulo

A pesquisa clínica será comandada pelo Instituto Butantan. O objetivo é testar 9.000 profissionais de saúde de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Brasília, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

"Essa é uma etapa de fundamental importância na vida do país e na vida e na saúde de milhões de brasileiros", afirma o governador João Doria.

Os voluntários deverão se cadastrar a partir de 13 de julho, através de um aplicativo. Na sexta-feira (10), o governo divulgará as informações para a inscrição.

Para participar dos testes é preciso atuar no atendimento a pacientes com Covid-19, ser maior de 18 anos, não ter infecção prévia pelo novo coronavírus e nem doenças ou alterações que impeçam a vacinação, não participar de outros estudos e não estar grávida ou planejar engravidar nos três primeiros meses do estudo.

Os testes da fase 1 e 2 já foram feitos em animais e seres humanos adultos saudáveis, respectivamente. A um contou com 144 voluntários e a 2 com 600, que são acompanhados na China.

"Na fase 2 foram demonstradas a eficácia e segurança da vacina. Após 14 dias da segunda vacinação, mais de 90% das pessoas vacinadas desenvolveram proteção. É uma vacina que tem um perfil de proteção elevado e daí o nosso entusiasmo", afirma Covas.

O quarto centro produtor de vacina da Sinovac, que produzirá a Coronavac, está em fase adiantada de construção. A expectativa é que a partir de setembro estejam disponíveis cerca de 100 milhões de doses, segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. "Essa fábrica da Sinovac terá capacidade de produção até o final desse ano de 300 e 500 milhões de doses", aponta Covas.

"Nós temos um acordo preliminar de acesso até o final deste ano de 60 milhões de dose. Se a vacina for efetiva, o Brasil terá acesso a 60 milhões de doses", completa.

A terceira fase dos testes custará R$ 85 milhões, integralmente custeados pelo governo.

No mundo, há 136 vacinas em desenvolvimento e 12 em estudos clínicos. Destas, três estão na terceira fase —uma delas é a Coronavac, do Instituto Butantan com a Sinovac.

Desde o início da pandemia até esta segunda-feira (6), o estado somou 323.070 casos de Covid-19, de acordo com dados apresentados pelo coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes.

O número de infectados é 1% maior que o registrado neste domingo (5), quando chegou a 320.179. Em relação aos óbitos, o aumento foi menor que 0,5% passando de 16.078 para 16.134. A taxa de letalidade pela doença está em 5%.

"Nós já realizamos aqui em São Paulo mais de um milhão de testes. Estatisticamente, teremos mais casos, como já tem ocorrido nas últimas semanas. E por quê? Porque estamos testando mais e vamos continuar a testar", afirma o governador João Doria durante entrevista.

"Continuamos com aquela proporção de casos confirmados, de 3/4 por exames diagnósticos, principalmente o PCR, e 1/4 por testes sorológicos rápidos", explica Menezes.

Doria anunciou a distribuição de mais de meio milhão de testes para o estado. "Melhorar o diagnóstico aumenta o conhecimento da pandemia e reduz as subnotificações. O objetivo principal é reduzir a curva de óbitos e isso nós estamos conseguindo em São Paulo", diz Doria.

Pela segunda semana consecutiva, são Paulo tem queda no número de óbitos por Covid-19. Houve uma diminuição de 36 mortes na semana que acabou no último domingo em relação a anterior. Se compararmos os períodos, foram 1,769 óbitos contra 1.733. a taxa de letalidade está em 5%. É o índice mais baixo de toda a série histórica.

A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 63,9% no estado e 63,3% na Grande São Paulo. Internados nas UTIs com confirmação ou suspeita da doença somam 5.501 pacientes; outros 8.023 estão nas enfermarias.

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