Uso de armas pela Guarda Municipal é aprovado por 61% em Belo Horizonte, aponta Datafolha

Maioria dos entrevistados é a favor que Anel Rodoviário seja administrado pela prefeitura

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Belo Horizonte

Favoráveis ao uso de armas pela Guarda Civil Municipal e que administração do Anel Rodoviário de Belo Horizonte passe para a responsabilidade da prefeitura da capital mineira e contrários a ideia de que a BH Trans possa aplicar multas de trânsito.

Essas são opiniões da maioria dos eleitores de Belo Horizonte, segundo resultados da pesquisa Datafolha realizada entre os dias 9 e 10 de novembro, na capital mineira, em parceria com a TV Globo.

A pesquisa ouviu 1.036 pessoas e tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

foto de agente da guarda municipal de bh
Apoio da população ao uso de armas pela Guarda Civil Municipal de BH é majoritário entre todas as classes socioeconômicas, exceto mais ricos - Amira Hissa


Questionados sobre o uso de armas pela Guarda Municipal de BH, 61% dos entrevistados disseram ser a favor da ideia, 34% contrários à ela, 2% responderam ser indiferentes e 3% não souberam opinar.

O índice a favor é predominante em quase todas as classes socioeconômicas, exceto entre os mais ricos. Nessa variável, 50% dos entrevistados se disseram contra o uso de armas pela guarda.

O tema apareceu na campanha eleitoral para a prefeitura da capital mineira neste ano. A pesquisa mostra ainda que o apoio é maior entre eleitores de João Vítor Xavier (Cidadania), chegando a 76%, e entre aqueles que aprovam o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), 74%.

Em BH, guardas municipais trabalham armados desde 2016. Segundo a prefeitura, podem ter porte de arma os agentes que atendem os pré-requisitos previstos no decreto federal. Hoje, isso corresponde a 90% dos 2.043 agentes.

Em outra questão sobre a cidade colocada na pesquisa, 52% dos eleitores de BH disseram ser contra o direito de a BHTrans (Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte) aplicar multas de trânsito — 42% é a favor, 3% são indiferentes e 4% não opinaram.

O índice dos contrários à questão é mais alto entre homens (61%) e entre os eleitores de Bruno Engler (PRTB), chegando a 69%.

No final de outubro, o Plenário do STF (Supremo Tribunal Federal), discutindo se a BH Trans poderia exercer papel de polícia de trânsito, decidiu por maioria que a atividade é constitucional, inclusive para a aplicação de multas.

Também sobre o trânsito da capital, o Datafolha perguntou aos entrevistados se eram contra ou a favor que a prefeitura passe a administrar o Anel Rodoviário de BH. A maioria, oito em cada dez eleitores (80%), disse ser a favor, enquanto 13% são contra — 5% dos entrevistados não opinaram e 2% são indiferentes.

Em 2018, a Justiça Federal considerou improcedente o pedido da prefeitura para administrar o Anel, que liga rodovias na região metropolitana de Belo Horizonte. A gestão de Alexandre Kalil (PSD) recorreu à decisão e aguarda o julgamento no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).

A prefeitura pede para administrar toda a extensão de 26 quilômetros do Anel, que hoje tem uma parte sob gestão do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e outra de uma concessionária.

A Polícia Militar de Minas Gerais diz que a média de acidentes registrados no trecho nos últimos dois anos foi de 2.069 casos. Este ano, a tendência é de queda. A corporação afirma ainda que o Anel Rodoviário é o que concentra a maior parte dos acidentes, entre as rodovias sob patrulhamento da Polícia Militar Rodoviária no estado.

Segundo a prefeitura, a reivindicação pela administração foi motivada pelo grande número de acidentes e pelo que consideram inanição do governo federal frente à questão.

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