Descrição de chapéu Coronavírus

Com Covid-19, presidente da Câmara de SP se afasta do cargo

Esta é a segunda vez que Milton Leite (DEM) é contaminado pelo coronavírus; ele está internado no hospital Albert Einstein

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São Paulo

O vereador Milton Leite (DEM), 64, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, recebeu diagnóstico de Covid-19 e pediu provisoriamente o afastamento do cargo.

O afastamento de Leite foi publicado na edição desta quinta-feira (7) do Diário Oficial do Município. Rute Costa (PSDB), a primeira vice-presidente, vai assumir a função.

Leite está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, e o seu quadro de saúde é estável. A Folha apurou que o parlamentar começou a sentir os primeiros sintomas da Covid-19 no início desta semana.

Esta é a segunda vez que Milton Leite é contaminado pelo coronavírus, segundo informou a assessoria de imprensa do vereador.

Em março, ele teve resultado positivo para Covid-19 e se recuperou.

"Como em março [ele] já havia contraído a Covid-19, demorou a relacionar os sintomas com a doença. Só depois de sentir febre é que procurou ajuda médica", de acordo com nota encaminhada à imprensa.

A reinfecção foi confirmada após a realização dos exames de sorologia e PCR.

Familiares e pessoas próximas a Leite estão preocupadas com o quadro de saúde do vereador pelo fato de ele integrar o grupo de risco da doença, por ter mais de 60 anos. O parlamentar também enfrentou um câncer de garganta há oito anos.

Milton Leite disputou a presidência da Câmara Municipal com Erika Hilton, vereadora do PSOL, e foi eleito com 49 votos entre os 55 vereadores empossados.

Milton Leite na posse do prefeito eleito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e dos 55 vereadores na Câmara Municipal de SP
Milton Leite na posse do prefeito eleito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e dos 55 vereadores na Câmara Municipal de SP - Zanone Fraissat/Folhapress

Considerado um dos principais aliados de Bruno Covas (PSDB), Leite será o responsável por manter a governabilidade do tucano, que tem a maioria dos vereadores ao seu lado. Dos 55 vereadores, 34 pertencem à base do prefeito.

Tanto é que fez acordos, em troca de cargos na Mesa Diretora, que incluíram até o PT, partido de oposição a Covas. No sétimo mandato como vereador, Leite já presidiu o legislativo paulistano em 2017, tendo sido reeleito em 2018.

Em dezembro de 2020 era vice-presidente e acabou no comando da Câmara mais uma vez após Eduardo Tuma (PSDB), então presidente do legislativo paulistano, renunciar ao cargo de vereador para assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Município de São Paulo.

Nome muito conhecido na periferia da capital paulista, foi o segundo mais votado da Câmara nas eleições municipais do ano passado, atrás apenas de Eduardo Suplicy (PT), com uma das campanhas mais caras do país —os gastos atingiram R$ 2,5 milhões.

Por causa da campanha quase que onipresente na zona sul paulistana, chegou a ser multado em R$ 15 mil por propaganda irregular.

Em seu discurso na sessão do dia 1º, Leite prometeu respeitar as minorias e a harmonia da Câmara Municipal. “Caberá ao futuro presidente desta Casa buscar o equilíbrio e trazer da melhor maneira possível as condições para que todos os vereadores e vereadoras exerçam seu mandato”, disse.

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