Descrição de chapéu Obituário Gilvanda dos Santos Nascimento (1954 - 2021)

Mortes: Anjo da saúde de Osasco, Gil praticou o bem para ser feliz

Nas várias unidades de saúde pelas quais passou na Grande SP, perpetuou o bem

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São Paulo

Fazer o bem é a prática da felicidade, dizia Gilvanda dos Santos Nascimento, a Gil, considerada um anjo da saúde em Osasco, na Grande SP, onde vivia e trabalhava.

Gerente de uma unidade básica de saúde, ia além da sua função pelos outros. Por exemplo: saía em busca de doações para ofertar café da manhã aos pacientes que iam até o local em jejum para fazer exames. Prestativa, Gil atuou em diversos serviços de saúde no município.

Na policlínica da cidade, resolveu o problema do absenteísmo ao encaixar nas vagas ociosas pacientes que não conseguiam consultas.

“O coração não cabia dentro dela. Dizia que tinha vindo ao mundo para servir e ajudar os menos favorecidos. Conseguia atendimento médico e cesta básica. Levava o médico na casa de quem não conseguia se locomover. Ela era do bem. Atendia todos com o mesmo carinho e sorriso”, diz o aposentado Raimundo Nonato Silva Nascimento, 67, seu marido.

Gilvanda dos Santos Nascimento (1954-2021) e o marido Raimundo Nonato
Gilvanda dos Santos Nascimento (1954-2021) e o marido Raimundo Nonato - Arquivo pessoal

Gil nasceu no município de Estância, em Sergipe. Ao perder a mãe, aos 15 anos, criou sozinha os 11 irmãos e se mudou para Santos (no litoral de SP) e depois Barueri e Osasco.

Segundo Raimundo, antes de atuar em serviços de saúde, fundou uma creche, no Jardim Veloso, em Osasco, e na mesma cidade criou o projeto Mães Crecheiras, pelo qual auxiliava mães que trabalhavam fora a arrumar cuidadores para os filhos, com remuneração da prefeitura local.

“Às vezes faltavam alimentos na creche e ela levava a compra de casa para que as crianças não ficasse sem alimentos”, conta Raimundo.

“Minha mãe exemplifica o termo do bom samaritano. Ela ficava feliz em fazer bem ao próximo. Era uma pessoa otimista e cheia de amor, uma criança no corpo de senhora”, afirma o analista de sistemas Jonatas Nonato Nascimento, 31, seu filho.

Popular, Gil tentou entrar para a política três vezes —duas como vereadora por Osasco e uma como candidata à deputada federal.

Estava ansiosa para conhecer Nicolas, o oitavo neto, nascido em 6 de abril, mas não houve tempo. Gil morreu no dia 26 de março, aos 66 anos, por complicações da Covid-19. Deixa esposo, seis filhos e netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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