'Apesar de o momento ser de dor, consigo enxergar a luz no fim do túnel', diz fundador de fintech

Augusto Lins organizou na sua empresa uma sala de guerra para lidar com a crise

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São Paulo

Em depoimento à Folha, o empresário Augusto Lins, 58, cofundador da fintech Stone, fala sobre como a pandemia transformou a sua rotina profissional e pessoal.

Antes que a pandemia chegasse ao Brasil, organizamos na empresa uma sala de guerra, onde a gente se reunia duas vezes por dia para programar como cuidar da saúde dos colaboradores e das necessidades dos clientes. Mantemos isso até hoje, de forma virtual.

Do ponto de vista profissional, o que mais me marcou foi a mudança dos hábitos de consumo dos clientes: o aumento das vendas online e como as formas de pagamento tiveram de se adaptar a essa nova realidade. Nossa empresa teve um papel importante nisso —também no pagamento do auxílio emergencial.

Apesar de o momento ser ainda de muitos cuidados e de dor, vejo luz no fim do túnel. Estou esperançoso que, com a vacinação se acelerando, a gente saia desta crise. Desde o começo, eu falava: ‘Vou sair uma pessoa melhor e manter meu bussiness plan’.

Passei a acordar mais cedo e a me dedicar a um esporte de forma sistemática. Também comecei a me alimentar melhor. Para aguentar tantas horas de trabalho, preciso de muita energia. Adquiri mais disciplina, me obriguei a ler mais conteúdos acadêmicos e me organizei para falar com meus clientes todo dia, em pelo menos 20% do meu tempo.

O trabalho ficou mais intenso, com menos intervalos entre uma reunião e outra. O que mais sinto falta é daquele momento em que você dá uma caminhada pela empresa e cumprimenta as pessoas.
Gosto muito desse calor humano e estou sem isso. Passei a fazer mais atividades virtualmente, experimentei a ginástica e a meditação online.

Na pandemia, uma coisa me chamou atenção: vivemos um momento de inclusão digital forçada. Isso, para mim, é algo transformador. Há um impacto positivo que deveria ser estudado mais a fundo.

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