Descrição de chapéu Obituário Paulo Torres (1965 - 2021)

Mortes: Hábil com palavras, deixou sua marca no jornalismo

Pauteiro, repórter e editor durante três décadas, Paulo Torres morreu aos 56 anos

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São Paulo

Jornalista inquieto, Paulo Torres estava sempre atento às novidades, principalmente quando elas tinham potencial para virar manchete de jornal. "Você tem uma pauta?", costumava perguntar a todos com quem conversava.

E ele falava com muita gente. A habilidade com as palavras era uma de suas qualidades. Persuasivo, era capaz de convencer o ouvinte sobre suas ideias extravagantes e também de conquistar o carinho de chefes e companheiros de Redação. Gostava de expor pensamentos e ouvir sugestões.

Nascido em Avaré (a 267 km de SP) e formado em jornalismo pela Unesp de Bauru, Paulo passou por vários veículos de comunicação em três décadas de carreira. Além de Bauru, trabalhou em São José do Rio Preto e Americana, no interior de São Paulo, e ainda em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Foi pauteiro, repórter e editor em jornais, sites e na TV.

Na sexta (20), ele foi encontrado morto em seu apartamento, em Bauru. Ele tinha 56 anos. A causa da morte não foi divulgada.

Homem de óculos sentado em uma mesa, ao lado de um caderno
Paulo Torres (1965-2021) - Reprodução/redes sociais

Nas lembranças dos amigos nas redes sociais, as principais qualidades mencionadas foram a ousadia profissional e a inteligência.

Vários jornalistas contaram que receberam dele a primeira chance de trabalho, seguida de broncas, pedidos insistentes de furos e uma obsessão por pautas transformadas em textos bem elaborados.

Corintiano, era fã também de automobilismo, além do futebol. Teve motos e um famoso Fusca amarelo.

Ele contou ao sobrinho, o fotógrafo Cristiano Zanardi, que um dos dias mais emocionantes da vida foi quando levou os filhos mais novos, Mariana e Rodrigo, para assistir um jogo do Corinthians, em Rio Preto.

“Conseguiu entrar no vestiário e pegar autógrafos de todos os jogadores”, lembra Zanardi.

Também era pai de Paulo André e avô de Marina.

Caçula de cinco irmãos, Paulo tinha uma relação especial com a mãe, Maria Aparecida Lopes Torres, 90. Em momentos difíceis da vida, contou ainda com o apoio dos irmãos e sobrinhos.

“Fiz jornalismo porque acreditava que um dia poderia ser tão bom quanto ele”, lembra o sobrinho Zanardi. “Ele foi meu irmão mais velho na infância e depois eu assumi esse papel”.

O jornalista deixou os três filhos, a neta e a mãe.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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