Descrição de chapéu Obituário Nilson Lemos Lage (1936 - 2021)

Mortes: Questionador voraz, representou a essência do jornalismo

Nilson Lage foi jornalista, escritor e professor com passagens por importantes veículos de comunicação e instituições de ensino

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São Paulo

O carioca Nilson Lage veio de uma família simples. Primeiro, optou por medicina, mas largou o curso porque já trabalhava em jornal. Formou-se em letras, fez mestrado em comunicação e doutorado em linguística.

Trocar a saúde pelo jornalismo rendeu-lhe uma carreira de sucesso com passagens por importantes veículos de comunicação e instituições de ensino. Durante a trajetória conquistou a admiração por quem cruzou seu caminho, seja nas redações, nas universidades ou através dos muitos livros e artigos que escreveu.

Para a jornalista Janaina Lage, 43, uma das filhas, três obras se destacam: “Ideologia e Técnica da Notícia”, “A Reportagem” e “Controle da Opinião Pública: um ensaio sobre a verdade conveniente”.

Nilson Lemos Lage (1936-2021)
Nilson Lemos Lage (1936-2021) - Arquivo pessoal

Divertido, ora temperamental, ora calmo, Nilson era um jornalista raiz. Nem doente deixava o noticiário de lado. “Muito questionador, ele não tinha medo de conflitos ao defender os pontos de vista. Guardava a essência da profissão. Era o meu melhor amigo”, afirma Janaina.

Nilson iniciou a carreira em 1955, como redator do Diário Carioca. Depois, atuou como editor de textos do Jornal do Brasil, redator-chefe, editor de Política e de Geral do jornal Última Hora, redator-chefe da revista Manchete, editor do jornal O Globo e gerente da TVE do Rio de Janeiro.

A carreira docente começou em 1971, na Universidade Federal Fluminense. Nilson lecionou, ainda, nas universidades Gama Filho, Estácio de Sá, Federal de Minas Gerais, Federal do Rio de Janeiro e Federal de Santa Catarina, onde se aposentou em 2006. Ele também foi professor na Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso), no Rio.

“Meu pai dava enorme valor ao trabalho, ao esforço pessoal para se dedicar ao jornalismo. Ele deixa para nós a ética de trabalho e de vida, o agir corretamente e respeitar o espaço dos outros”, diz a filha.

Nilson morreu no dia 23 de agosto, aos 84 anos, por complicações de câncer no pulmão e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Deixa a esposa Nildes Macêdo Lage, quatro filhas e três netas.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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