Descrição de chapéu Obituário Milton Silva Calciolari (1938 - 2021)

Mortes: PM e dentista, viveu sob os princípios da doutrina espírita

Milton trocou a igreja Batista pelo espiritismo e espalhou seus ensinamentos por mais de 40 anos

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São Paulo

Milton dedicou-se a duas carreiras: foi policial militar e dentista. Para conseguir conciliar, trabalhava o dia inteiro e parte da noite durante a semana, e aos sábados.

Ao lado da família e dos muitos amigos que conquistou, bem como profissionalmente, destacou-se pela generosidade e respeito ao ser humano.

Paulistano do bairro da Penha (na zona leste da cidade), Milton viveu uma infância feliz. Dividiu o tempo entre os estudos, a Igreja Batista e a convivência com os amigos. Nas lembranças, ficaram os jogos de bola e os passeios de bicicleta.

Milton Silva Calciolari (1938-2021) e o filho Waldir Calciolari
Milton Silva Calciolari (1938-2021) e o filho Waldir Calciolari - Arquivo pessoal

“Aos 17 anos, meu pai ingressou na Academia Militar do Barro Branco, em Santana, onde concluiu os cursos de preparação e formação de oficiais e recebeu a espada de Oficial, do então Governador Carvalho Pinto, ao sagrar-se o primeiro colocado”, conta conta o juiz Waldir Calciolari, 54, seu filho.

“Na Força Pública e depois na Polícia Militar do estado de São Paulo, galgou todos os postos, vindo a passar para a reserva como coronel. Ainda tenente ingressou no curso de Odontologia da USP e formou-se cirurgião dentista”,

Com o tempo, Milton deixou a Igreja Batista e se encontrou na doutrina espírita — ele deu aulas e palestras sobre o tema por mais de 40 anos.

O militar e dentista sabia ouvir e aconselhar todos os que o procuravam às quartas-feiras no Grupo Espírita Cairbar Schutel, na Vila Mariana (na zona sul da capital paulista).

No dia a dia, Milton colocou em prática a caridade que tanto mencionava em suas palavras no centro espírita. Para isso, abriu as portas do seu consultório aos que não podiam custear o tratamento dentário.

Recentemente precisou ser internado em decorrência de uma grave infecção. Ele também sofria com as complicações do diabetes e estava debilitado com a rotina de sessões de hemodiálise.

Milton morreu dia 24 de agosto, aos 83 anos. Deixa a esposa Daily, os filhos Waldir e Carlos, e os netos Natália, Bianca, Raphael e Rodrigo.

“Ele foi o pai herói e sempre presente, calmo, gentil e humano. Fica o legado de retidão, humildade, caridade e dedicação ao próximo”, diz Waldir.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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