Descrição de chapéu Obituário Paulo Cesar Sentelhas (1964 - 2021)

Mortes: Referência em agrometeorologia, foi o paizão do biribol

Paulo Cesar Sentelhas morreu por complicações da Covid-19

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São Paulo

O amor que Paulo Cesar Sentelhas recebeu do irmão mais velho, Agostinho Jaime Sentelhas, fez toda a diferença —foi ele que o incentivou a estudar agronomia.

Paulo formou-se em engenharia agronômica pela Universidade de Espírito Santo do Pinhal. Fez mestrado em agrometeorologia e doutorado em irrigação e drenagem na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP, onde tornou-se professor titular da área de agrometeorologia. O pós-doutorado cursou no Canadá.

Também atuou como pesquisador no Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Unesp e no Instituto Agronômico.

Paulo Cesar Sentelhas (1964-2021)
Paulo Cesar Sentelhas (1964-2021) - Arquivo pessoal

Segundo a Esalg, Paulo foi secretário e presidente da Sociedade Brasileira de Agrometeorologia e também presidiu a Federação Latinoamericana de Agrometeorologia.

Na criação das filhas, Paulo deu a elas todo o amor e incentivo que recebeu do seu irmão Agostinho. Além de respeitar suas escolhas, acreditou no potencial delas.

Bárbara Sentelhas, 28, optou por seguir a mesma carreira do pai. Foram pai e filha, professor e aluna —Bárbara estudou na Esalq— e sócios na Agrymet. Com isso, passavam a maior parte do tempo juntos.

Paulo foi um paizão. De jogador de biribol (espécie de vôlei na piscina) a animador, estava sempre ao lado das três filhas.

“Ele nos animava quando estávamos tristes. Fazia de tudo para arrancar um sorriso nosso. Nunca encerrou uma conversa sem dizer o quanto amava a gente. Ele era aquele pai que demonstrava. A última vez que falei com ele antes de ser internado, disse que me ama e na última mensagem no WhatsApp ele disse que me ama. Ele fazia questão”, conta Bárbara.

Além de trabalhar, Paulo gostava de bombocado com café e beber cerveja escura. Até antes de apresentar problemas no coração, pedalar engordava a lista.

O esporte esteve presente em sua vida desde cedo. Paulo foi atleta de vôlei e lá conheceu a esposa, também jogadora, Rosana Faria Sentelhas, 59.

Paulo morreu dia 21 de setembro, a uma semana de completar 57 anos, por complicações da Covid-19. Deixa a esposa e três filhas.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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