Um dos mais antigos jornalistas de Maringá, no Paraná, Verdelírio Barbosa fez valer cada minuto dos seus 80 anos de vida, de acordo com a família.
Ele morreu no dia 13 de outubro em decorrência de uma fibrose pulmonar.
Verde, como era conhecido, nasceu em Potirendaba (a 432 km de São Paulo) e chegou em Maringá ainda garoto, em companhia dos pais, José Firmino Barbosa e Maria Cassiano da Fonseca, e dos irmãos, Antonio, Judite, Maria José e Cleuza.
Formado em direito, atuou como advogado e procurador jurídico do município entre 1973 e 1976.
Apaixonado pela imprensa, Verde construiu também uma sólida carreira jornalística trabalhando em rádio, TV e jornal. Teve forte atuação na área política.
Segundo a família, ele comandou programa diário na Rádio Cultura, foi colunista das publicações O Diário do Norte do Paraná, O Jornal (do qual chegou a ser sócio) e Jornal do Povo, além de semanários. Fez parte da bancada que apresentava o telejornal da TV Maringá (afiliada da Band) nos anos 1990 e comandou outros programas jornalísticos na mesma emissora.
Em 1991, aos 50 anos de idade, tornou-se proprietário do Jornal do Povo, atualmente o único impresso que circula diariamente em Maringá e região.
Apesar de ter atuado em diferentes meios, sua paixão era o jornal impresso. Defendeu sua importância e existência. “O impresso traz confiança, informação completa, credibilidade e prazer na leitura”, dizia.
A jornalista Danyani Rafaella Barbosa Camin, 38, disse que o pai era muito extrovertido e comunicativo. Marcas de sua generosidade foram deixadas na cidade inteira.
Verde valorizava o ser humano. Com facilidade conquistava e preservava os amigos. Para quem cruzou seu caminho, foi um cidadão exemplar.
Aos filhos, foi o pai amoroso, protetor e dedicado, além do chefe sensato e equilibrado que tratava com carinho, mas se necessário soltava umas broncas, de acordo com Danyani, que trabalhou com ele no Jornal do Povo.
Verde deixa três filhos, um neto e a namorada.
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