Descrição de chapéu Obituário Jason Pereira Silva (1965 - 2021)

Mortes: Simples e honesto, foi um pai presente e protetor

Jason Pereira da Silva trabalhou a maior parte da vida como topógrafo

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São Paulo

Um dos principais sonhos de Jason Pereira da Silva —ver as filhas, Thaís e Nathália, se formarem na faculdade— foi realizado. Mas um infarto poucos dias após completar 56 anos o impediu de concluir o outro: conhecer o Chile.

Natural de Miranorte (TO), Jason era o terceiro entre dez filhos de um casal do Piauí — o caminhoneiro Antônio Gomes Silva e a professora Jovelina Pereira Silva.

Quando a família se mudou para Formosa (GO), Jovelina separou uma sala em sua casa e começou a dar aulas particulares a adultos em processo de alfabetização.

Jason Pereira Silva (1965-2021) e família
Jason Pereira Silva (1965-2021) e família - Arquivo pessoal

Jason perdeu o pai aos 18 anos, mas já conhecia o valor do trabalho, pois ainda jovem havia arrumado emprego em uma loja.

Mais tarde, virou topógrafo, profissão que o fez viajar com frequência. Em uma dessas andanças, durante a construção de uma rodovia em Carvalhos (MG), conheceu aquela que viria a ser sua esposa, Rosangela do Prado Silva, hoje com 56 anos.

"Os meus avós maternos tinham um restaurante e forneciam marmitex aos funcionários da empresa responsável pela obra. Na época, minha mãe ajudava no restaurante", relata a arquiteta Nathália Edwirges da Silva Lima, 30, uma das filhas do casal.

O trabalho em Carvalhos demorou cerca de dois anos. Com a finalização da obra e a consequente queda no movimento do restaurante, Rosangela e a família se mudaram para Vargem Grande Paulista (na região metropolitana de São Paulo).

Um dia, Jason resolveu ir atrás de Rosangela e iniciou nova fase em sua vida. Além do casamento, ocorrido em 20 de janeiro de 1990, conquistou novo emprego, no departamento de obras da prefeitura, onde permaneceu por pouco mais de 30 anos.

Jason foi admirado pela honestidade, educação e sensatez, além de ter ficado marcado pelo amor à família. Evitava brigas, estendia a mão para ajudar o próximo e não costumava se preocupar com bens materiais.

Às filhas foi um pai presente e protetor. "Na minha época de faculdade, morávamos num bairro um pouco afastado e ele acordava 5h todos os dias para me levar ao ponto de ônibus. Fez isso até eu comprar um carro. Com a minha irmã não foi diferente. Ela estudava à noite e ele ia buscá-la no ponto, por volta de meia-noite", conta Nathália.

"Ele viveu a vida que quis viver, do jeito que quis viver", afirma. Jason morreu dia 28 de outubro. Deixa a esposa, duas filhas e dois genros.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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