Mortes: Agregador e generoso, levou a vida com amor e arte

Alan Pires era ator, diretor teatral e carnavalesco da escola de samba paulistana Dragões da Real

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São Paulo

Alan Pires era bancário há 17 anos, mas no teatro e na arte exercitava todas as formas de amor.

Nascido no Carandiru, na zona norte da capital paulista, Alan interessou-se pela arte ainda criança.

"Desde os três anos ele era interessado em arte e sempre tinha uma apresentação para os primos. No aniversário de nove anos, o Alan ensaiou e apresentou um musical com os primos", conta a teóloga Maria Inês Pires de Carvalho, 62, sua mãe.

Alan Pires (1982-2022)
Alan Pires (1982-2022) - @amigosdoalan no Instagram

Fisgado pela comunicação, Alan optou por cursar rádio e TV, e o fez na UniSant’Anna. Também estudou locução e dublagem.

A paixão pelo teatro o levou a fundar o grupo Amadododito, um importante nome da cena teatral alternativa de São Paulo. Atualmente, o grupo comanda um espaço localizado no Bom Retiro, na região central, onde são oferecidas oficinas teatrais e apresentação de saraus.

Além de ator e diretor teatral, Alan integrava o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Dragões da Real. Estava como diretor artístico. Tudo o que fazia tinha muito amor. "Se não for divertido, não faça", costumava dizer.

Foi num ensaio, sua outra paixão, que Alan se despediu da vida. No dia 30 de janeiro, aos 39 anos, sofreu uma parada cardíaca ao final de um ensaio na quadra da escola de samba e não resistiu.

A atriz e educadora Marília Grampa, 33, amiga há 17 anos, diz quanto ele era transformador.

"Ele transformava os ambientes que entrava, as pessoas com as quais se conectava e os trabalhos que realizava. Tinha um olhar único, humano e sensível para tudo e todos. Cativante, conquistava facilmente as pessoas e era um agregador. Envolvia as pessoas nas coisas de um jeito muito próprio", afirma.

Querido por todos, Alan praticou a generosidade e o amor ao próximo. Valorizou e respeitou o ser humano e foi um grande acolhedor. Estendeu suas mãos e distribuiu conselhos e palavras de consolo a quem necessitava.

Alan deixa a mãe, um irmão, a cunhada e muitos amigos.

​​coluna.obituario@grupofolha.com.br

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