Josélia Peixoto Pacheco de Medeiros passou a gostar de arte graças à influência do marido, José Pacheco, um homem interessado e estudioso do assunto, além de amigo de Cândido Portinari, pintor brasileiro e um dos principais nomes do modernismo.
O gosto refinado decorava a residência do casal com quadros de pintores famosos, incluindo Portinari.
Josélia nasceu em Cataguases (MG) e era a mais velha entre os seis filhos de um industrial com uma dona de casa. Cursou o segundo grau em dois colégios, em Cataguases e no Rio de Janeiro. No período em que estudou fora de sua terra natal, a escola havia sido vendida para padres e não aceitava moças.
Quando o colégio trocou novamente de dono, Josélia voltou para terminar os estudos.
Gentil, forte, generosa e comunicativa, Josélia gostava de ler jornais e revistas e interessava-se pelos assuntos da cidade. Esbanjava cultura, inteligência e elegância. Guardou e levou consigo muitas memórias de Cataguases.
Mãe exemplar para seus sete filhos, também foi excelente dona de casa. Josélia gostava de cozinhar e arrasava nos assados, nas saladas com bons acompanhamentos e no trivial.
"O segredo da longevidade era de família. Ela viveu muito bem até os 104 anos e passeou bastante", diz o administrador de empresas José Pacheco de Medeiros Neto, 82, seu filho.
Dona de personalidade forte e humanitária, Josélia encarou a vida com seriedade e caráter, o que ensinou aos filhos.
Josélia Peixoto Pacheco de Medeiros morreu dia 5 de maio, aos 104 anos. Estava com problemas de saúde, principalmente no coração e pulmão. Viúva, deixa cinco filhos, netos, bisnetos e um trineto.
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