Descrição de chapéu Obituário Gregório Antônio de Souza Poço (1956 - 2022)

Mortes: Sindicalista, começou a trabalhar aos 7 anos

Gregório Antônio de Souza Poço esteve à frente do Sindicato dos Condutores de São Paulo

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São Paulo

Primeiro filho homem de uma família de oito filhos, Gregório Antônio de Souza Poço assumiu desde cedo a função de provedor dos irmãos. Ele começou a trabalhar ainda criança para ajudar no orçamento familiar.

"Essas coisas antigamente eram assim. Ele assumiu tanto a obrigação de cuidar dos irmãos quanto a de ajudar financeiramente na manutenção da casa", afirma Maria Leonor Poço Jakobsen, sua irmã.

Gregório tornou-se ajudante de sapateiro aos 7 anos de idade. Segundo a irmã, ele fez de tudo na vida, até que, aos 11 anos, conseguiu um emprego em uma fábrica.

Homem sentado em uma plateia
Gregório Antônio de Souza Poço (1956-2022) - SindMotoristas

Por causa das obrigações, ele teve muita dificuldade para estudar. "Ele passou no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, mas não conseguiu se manter porque tinha que trabalhar", afirma Maria Leonor.

A irmã lembra também que, além de ser um grande protetor dos irmãos, ele sempre amparou todo mundo, inclusive, os colegas de trabalho.

Em 1982, quando uma de suas irmãs, que era dirigente do PCdoB, faleceu aos 27 anos, Gregório resolveu assumir o lugar dela no movimento social e político e se filiou ao partido.

No mesmo ano, ele passou a trabalhar na CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos), como eletricista de manutenção. Na empresa, destacou-se como liderança e foi eleito diretor representante dos funcionários.

A atuação à frente dos interesses da classe fez com que ele resolvesse entrar para o sindicato da categoria.

Depois disso, não demorou muito para que assumisse, por dois mandatos, o cargo de secretário-geral do Sindicato dos Condutores de São Paulo, e, em 1997, a função de presidente.

Maria Leonor recorda também que o irmão era uma pessoa muito alegre. "Ele sempre chegava com uma frase assim: ‘senhores e senhoras do conselho’, aí falava alguma coisa para alegrar a casa."

Até nos piores momentos, ele não perdia o bom humor e contava uma piada para descontrair. "A marca dele era ser divertido", lembra a irmã.

No último dia 27 de abril, Gregório Antônio de Souza Poço morreu, aos 65 anos, de falência hepática. Ele deixa a mãe, seis irmãos, a esposa, dois filhos e sobrinhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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